quinta-feira, 27 de novembro de 2008

triporto: O glorioso

São 22 h quando escrevo esta mensagem.

Há poucos minutos o clube mais querido de muitos portugueses, na sua maioria ressabiados, frustrados e saudosistas dos tempos áureos da ditadura acabou de prestar mais um excelente serviço ao futebol português (como já vem sendo habitual), ao ser derrotado por um clube grego por 5 bolas (lá dentro) a uma.

Este blogue oferece dois fantásticos prémios ao 1º que adivinhar o nome dessa famosa instituição:

  1. Um cromo do moçambicano mais famoso de Portugal segurando uma Taça desse clube na década de 60;
  2. Uma assinatura da RTP Memória com os jogos desse clube nas décadas de 50 e 60 (incluí discursos de Salazar em Lisboa).

Para participar basta enviar um e-mail para vergonhosos@serbenfiquista.slb

Nota importante: Caso descubram que o e-mail é falso, por favor contactem a D. Mizé Justiceira Morgado que certamente irá investigar o sucedido com o auxilio da sua super equipa especial de corrida composta pelo Sr. Monteiro das procuradorias da republica.

Obrigado pela sua participação!

"O Rio, a cidade e o clube"

Não é fácil falar de Rui Rio e de Pinto da Costa, exclusivamente no âmbito político e desportivo, respectivamente, como se a vida de cada um começasse e terminasse nessa condição.O homem que é Presidente do FCP tem todo o direito de fazer as suas escolhas políticas, mas deve-o fazer em seu nome pessoal e não misturar o clube com motivações do tipo partidário.

O mesmo tipo de registo seria exigível ao Presidente da Câmara e a Rui Rio, relativamente ao FCP, embora não seja a mesma coisa, porque os cargos que ambos exercem pedem responsabilidades diferentes.

Relativamente ao Presidente da Autarquia, é esquisito que não lhe interesse o desporto – ainda que profissional – e os clubes que moram cá no burgo, nomeadamente o FCP que é uma marca que beneficia claramente a cidade. No seu programa, fala no apoio ao desporto amador. Deve ser, por isso, que a autarquia tanto se empenhou nas corridas de automóveis e aviões. Entre o desporto amador (que fica muito bem em qualquer programa) e o ego do nosso presidente, ganharam os motores e as acrobacias aéreas.

Nem oitenta como era com Fernando Gomes, nem abaixo de zero como faz Rui Rio. Um Presidente da Câmara tem todo o direito de não se querer misturar (nem parecer que o faz) em situações que sejam (ou pareçam) promíscuas. Com o FCP, Rui Rio não se distanciou: criou a ruptura. Houve exageros e alguma violência absolutamente reprovável por parte da claque, mas o pecado original foi cometido por Rui Rio e a sua entourage, que na sua grande maioria detesta o futebol ou o FCP. Pior, agiu como se o facto fosse uma mais valia política. Depois da vitória nas eleições, o que antes era um desejo - partir a espinha dorsal ao FCP -, passou a ser um projecto exequível. Se já tinha ganho as eleições contra tudo e todos, porque não aspirar chegar mais longe?

Como atrás referi, da sua agenda (pessoal e informal) constava quebrar a espinha ao FCP (e a PdC) e retirar-lhes todo o apoio que até aí tinham recebido da CMP. O PPA que viabilizou a construção do Dragão, era o instrumento que precisava para consolidar a personalidade de antes quebrar que torcer. Serviu, ao mesmo tempo, para funcionar como um instrumento fundamental para o seu projecto político. Com um cajado matou dois coelhos: o PS, despesista e promíscuo, o FCP uma espécie de tecto que encobria toda um seita de malfeitores.

Com a ajuda da Associação de Comerciantes do Porto tudo fez para bloquear o projecto do Dragão. Amorim que é um conhecido apoiante da causa do PSD, interveio e conseguiu um acordo.

Sinceramente, era interessante conhecer como tem sido monitorizado esse empréstimo e o que é que ganharam os Comerciantes, para além da exploração do cinema Batalha. Parece-me óbvio que o problema dos pequenos comerciantes é sistemático e não vai com as bolhas de dinheiro que Rio generosamente lhes "concedeu", via acordo com o Grupo Amorim.

Para que serviu tanto alarido? Obviamente, prejudicar o FCP e ficar bem na fotografia para a opinião publicada. Para além disso, servirá para memória futura, quando o partido for chamado a eleger um novo presidente, o que deverá acontecer a curto prazo. Aliás, esta é a fórmula ganhadora, que Scolari seguiu e que tem o nome de “Princípio de Rio”: hostiliza o FCP e tens o país aos pés.

Depois do acordo entre Rio, Amorim e os Comerciantes, o que ganhou a cidade? E que problemas viram os comerciantes resolvidos? A quem interessa isso agora? Fazer todo o mal de uma vez, relativamente ao FCP, foi a estratégia. Agora, o seu desprezo, mais silencioso e cuidadoso, é quase reconhecido como um benefício.

Firmou acordos com o Grupo Amorim e com a Soares da Costa. Satanizando o FCP, obviamente só podia criar anti-corpos junto do clube, dirigentes e adeptos. O tempo cura algumas chagas, mas as marcas ficam lá. Apesar disso, honra lhe seja feita, conseguiu fixar e aumentar o seu pecúlio eleitoral, o que é obra que merece reflexão, política e sociológica.

A ambiciosa intervenção do Plano de Pormenor das Antas visava o propósito de criar uma nova centralidade com funções variadas. Para aqui previram-se três mil fogos, dois hotéis, um estádio de futebol, um pavilhão multiusos, um centro comercial, equipamentos de saúde e de ensino, um parque urbano com dez hectares, estacionamento para três mil viaturas e um interface para o metro.

Parte do Plano de Pormenor das Antas está construído mas, o equipamento de saúde, o de ensino e o tal parque urbano ficaram pelo caminho, confirmando o imobilismo camarário instalado há anos na cidade.

A revitalização da baixa, os bairros camarários, as corridas de automóveis e aviões, o recente amor pelo fogo de artifício, são a obra que é elencada pelos seus seguidores como meritória. O Metro serve para demonstrar a sua sanha regionalista, e mostrar os dentes a Lisboa, sem morder.

A relação entre o FCP e Rui Rio já foi bem pior. Agora, simplesmente preferem silenciar o ódio de estimação que merecem um do outro. A Rui Rio já não interessa afrontar o clube porque já não retira dividendos disso – os ganhos conquistados estão consolidados, não é preciso bater mais no ceguinho – e o FCP porque sabe que a maldição de Rui Rio há-de passar e o FCP há-de continuar por muitos e bons anos como o clube de referência da cidade.

Devo confessar que sou de mais do FCP e de menos do PSD, apesar disso, desejo a melhor sorte para o Dr. Rui Rio. Estou ansioso por vê-lo no Parlamento, ou noutro qualquer lugar, bem longe da Câmara e da nossa cidade. O país espera-o!


(Por Mário Faria no blogue Reflexão Portista em 21-11-2008)

triporto: Histórias de um enclave chamado lisboa

Da Lisboa Profunda: Campanha de Cavaco financiada por homens do BPN


«Cavaco Silva terá recebido quase 100 mil euros de homens ligados ao BPN. A lei proíbe donativos de pessoas colectivas».

Não há nada de mal em tentar evitar que se saiba que a campanha do PR foi financiada por administradores suspeitos de crime ou convidar para o Conselho de Estado um desses administradores. Mas se Cavaco teme, é porque deve. A imagem de Cavaco impoluto penso que acabou.

A conclusão é clara: Os políticos lisboetas fazem tudo, mesmo moralidade cinzenta, para manterem um nível de vida, ambições, para as quais não tem possibilidades. Não merecem a minha confiança. E cada dia que o Norte confie nestes senhores, será um dia perdido.

Volterei mais logo ao tema.


(Por Jose Silva no blogue Norteamos a 26-11-2008)


Ah, Cavaco então também era accionista da SLN.

Portanto, Cavaco :


Questões:

Conclusões:

  • Ainda bem que não voto em parentes da «Máfia».
  • Mais uma lição para o Norte: Nunca confiar em políticos do Sistema de Lisboa.
  • Este Regime fede !

(Por Jose Silva no blogue Norteamos a 23-11-2008)

"Brincar às corridas na Baixa de Lisboa"

Depois do fracasso daquela ideia peregrina dos domingos sem carro, que durou enquanto foi moda e houve pachorra, agora há domingos sem trânsito nas avenidas centrais do Porto e de Lisboa, o que já não é tão grave. Sem carros, como foi o caso da Cidade Invicta com a 5.ª Maratona do Porto, que os africanos dominaram como de costume, ou com carros e muitos parolos a ver, como foi o caso de Lisboa com o "roadshow" da Renault.

Como passam a vida a perguntar-me quais são as diferenças entre o Porto e Lisboa e num prazo razoável de quinze dias reuni duas oportunidades de relevo para dar como exemplo, aproveito esta crónica do líder JN para as comunicar à população em geral.

A primeira diferença inclui-se na categoria das coisas que o Porto tem e Lisboa não tem, mas tenta ter a toda a força, nem que a imitação seja barata (mas muito cara...) e a réplica acabe por roçar o ridículo.

Depois da falência estrepitosa da Fórmula Um e do autódromo do Estoril, daquela empresa que ainda hoje está a contas com o Estado e das exéquias daquele Rali de Portugal, que enchia as matas de Sintra com vândalos, incendiários em potência e bêbados com tendências suicidas, que se atravessavam à frente dos faróis de cada bólide que se aproximava, tudo o que em Portugal se faz com competência e dimensão no mundo motorizado passou para o Porto.

Circuito da Boavista e Red Bull Air Race dão "baile", na terra e no ar, a qualquer iniciativa do género com que Lisboa sonhe. No passado fim-de- -semana, a capital tentou ir a jogo com um evento promocional da Renault, que a habitual mania das grandezas, tão típica da mentalidade centralista, tentou transformar numa corrida de Fórmula Um, perante a desilusão generalizada da maioria dos que lá se deslocaram.

Exceptuando alguns carros, qualquer comparação entre a Fórmula Um e esta parolada que cortou o trânsito no centro de Lisboa, durante dois dias, é como comparar o magnífico Pestana Palace de Alcântara, com os hotéis Fórmula 1, onde um rapaz forte como eu, quase nem consegue fechar a porta, depois de entrar para o quarto.

No que toca a eventos, há muito que aprendi uma regra de ouro: não há nada pior que organizar um evento tipo quero, mas não posso. Esta fantochada do Marquês do Pombal nem chegou a ser pretensiosa: foi mais de quem quis, mas não pôde.

Agora isto é no reino do "fait-divers". No mundo do faz de conta. No que realmente conta, as diferenças são do outro mundo. Basta comparar o que aconteceu neste cenário de crise global e as consequências que se vão dela estimando para a nossa economia pública.

Enquanto as grandes obras do regime previstas para a Área Metropolitana de Lisboa (AML), ou que se prevê poderem servir as necessidades dos lisboetas, são tão prioritárias que nenhuma crise as obriga a recuar, o metro do Porto que foi nacionalizado, não para ser nosso (como se dizia dos bancos a seguir ao 25 de Abril de 74) mas para voltar a ser deles, tem as suas obras de ampliação adiadas quase para o "dia de são nunca à tarde".

Aquilo que é urgente para a capital, no Porto pode esperar até 2022. Na melhor das hipóteses.


(Por Manuel Serrão no Jornal de Notícias em 29-10-2008)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"O poder está na ponta da espingarda"

Ao contrário do presidente da Comissão Europeia e do guru da direita portuguesa bem pensante (qualificativo que acho assenta muito bem ao Zé Pacheco Pereira) nunca fui maoista, que não me inibiu de arranjar uam edição de Pequim do Livrinho Vermelho, belíssimo objecto que consulto de vez em quando.

Mao foi um ditador sanguinário e um refinado estupor, mas agrada-me a simplicidade pragmática dos seus pensamentos, que mergulha as raízes na escola da desarmante sabedoria chinesa fundada por Confúncio.

Uma frase de Mao – “O poder está na ponta da espingarda” - , veio-me à cabeça esta semana à medida que subia a minha indignação com os resultados de uma pesquisa estatística motivada pela divulgação da notícia de que o Norte foi a segunda região europeia onde se registaram mais despedimentos colectivos no período 2002-07.

O Norte está triste e infeliz e tem todas as razões para isso. É a segunda região do país (a seguir a Lisboa) que mais riqueza gera, mas quando chega a hora de a distribuir surge no último lugar, com um rendimento per capita de apenas 80% da média nacional e 57% da média comunitária.

Não me parece saudável um país em que os salários pagos na capital são 50% superiores ao resto do país - e que o poder de compra em Lisboa (135,5 em permilagem do total nacional) seja o triplo do do Porto (44,01).

Como portuense, fico revoltado ao constatar que, no período 1992-2006, de todos os 308 concelhos do país, o Porto foi o que mais poder de compra perdeu (-2,5%) e que no pódio estejam os três concelhos do eixo Lisboa-Cascais, com Oeiras à cabeça (4,5%).

E a mostarda sobe-me que nariz quando vejo que Lisboa absorve 42,5% do total de crédito concedido pelos bancos. Se juntarmos o Funchal a Lisboa, que ficam com 53,9% do dinheiro emprestado pela banca. O Porto contenta-se com um terceiro lugar (11,9%).

Nós, os três milhões nortenhos, não podemos ficar parados. Enquanto os carteiristas de Lisboa nos metem a mão no bolso, o desemprego não pára de crescer (em 2007, o Norte ultrapassou pela primeira vez o Alentejo e tornou-se a região com maior taxa de desemprego) e a riqueza não pára de de diminuir (no início dos anos 90, o IRS per capita no Porto era metade do de Lisboa; dez anos depois era apenas 25%).

O grave é que o Governo continua a adiar a Regionalização e apenas contribui para alargar este fosso, como o prova o facto de em 2009, o Norte ir receber segundo valor mais baixo (226 euros per capita), contra 382 euros da média nacional) do plano de investimentos da administração pública (Piddac).

É tempo de dar um murro na mesa e declarar guerra ao centralismo ladrão. De aprendermos com Mao que o poder está na ponta da espingarda – ninguém dá nada a ninguém, se o puder evitar. De aprendermos com João Jardim, que, usando os cotovelos, fez da Madeira a segunda região mais rica do país, com um rendimento 25% superior à média nacional.

Para começar, a AEP devia reconverter a campanha Compre Português por uma campanha Compre Nortenho. E como o Governo é surdo a vozes que não venham da rua e se exprimam na primeira metade dos telejornais, ganhávamos em boicotar a visita ao Norte de governantes, enquanto não for dado um sinal claro de que o roubo vai acabar. Eu estou pronto a atirar o primeiro ovo podre.


(Por Jorge Fiel no blogue "A Bússola" em 23-11-2008)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

triporto: O Presidente parolo

"Não sou um presidente parolo. Por isso, defendo os interesses numa lógica metropolitana"

Dois meses e qualquer coisa depois de ter actualizado este meu espaço, aqui estou eu de novo.

Neste longo tempo de paragem não me recordo de algo que me tivesse chocado ou que me tivesse surpreendido em particular...talvez as derrotas consecutivas do meu clube me tenham deixado um pouco abalado mas nada que já não previsse...adiante...

No regresso à leitura das minhas fontes pesquisei notícias e comentários feitos nas duas ultimas semanas, e após uma leitura assim por alto decidi eleger um tema que é muito caro a muitos cidadãos da minha cidade: Rui Rio.


O "Presidente parolo" como foi apelidado (e muito bem) por Guilherme Pinto, Presidente da C.M. Matosinhos, continua a sua "cruzada" para ganhar o campeonato regional (aqui já existe regionalização olé), do mais sem graça, do mais detestado e mal-disposto político do Grande Porto.Estou em crer que vencerá destacadissimo...

Já não bastava ter-se incompatibilizado nestes últimos 7 anos com meia cidade (a outra meia nem se dá conta que ele existe), já não bastava estar constantemente de costas voltadas para o vizinho da outra margem, abortando projectos conjuntos que iriam dinamizar a faixa ribeirinha (red bulls e fogos de artificio à parte), não satisfeito com isso, agora também lembrou-se de usar a sua prepotência e arrogância com Matosinhos em projectos que envolvem as duas cidades.

Basta! Por mais atributos que ele possa ter (enviem-me um email se descobrirem), basta de tanta tristeza, tanto disparate e principalmente, basta de criar em redor do Porto uma bolha de isolamento com o resto da área metropolitana pois só um individuo com as vistas muito curtas é que não consegue perceber as vantagens para o seu município e em concreto para os seus munícipes, da interacção e coordenação conjunta com os concelhos que nos fazem fronteira e dos quais dependemos muitas vezes para tomar decisões importantes a nível metropolitano.

Por tudo isto e muito mais coisas que se foram sucedendo desde que este senhor aterrou na Câmara Municipal, qual D. Quixote de la Invicta, espero que os portuenses, tripeiros abram os olhos desta vez e não permitam a sua recandidatura e principalmente uma maioria absoluta. Se não gostarem das alternativas votem em branco!

Rui Rio rejeita debate sobre a Circunvalação

Rio lança dúvidas sobre linha do Campo Alegre

Guilherme Pinto acusa Rio de atrasar metro oito meses

Guilherme Pinto diz que Rio foi desleal e pede reunião a ministro

Richard Zimler: "O Porto está a morrer"

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Associação de cidadãos -actualização

No seguimento desta excelente iniciativa protagonizada por Alexandre Ferreira venho aqui dar conta da reportagem inserida no Público sobre o tema.

Dou os meus sinceros parabéns a todos aqueles que estiveram presentes, a todos aqueles que não puderam estar presentes mas apoiam este tipo de iniciativas (eu incluido), e em particular ao mentor da iniciativa, Alexandre Ferreira.

Fiquei também feliz ao ver referências na notícia a dois blogues,
A Baixa do Porto e Renovar o Porto, que desde a 1ª hora fizeram parte do triporto (ex - "centralismo da capital do Império") e que foram fonte de inspiração (assim como outros) para a criação do mesmo bem como fonte actualizada de notícias que se englobam no âmbito deste blogue. Por isso os meus parabéns a todos e como diz o outro "Porreiro pá!!!"




Cidadãos querem criar associação cívica metropolitana ou, no mínimo, uma federação de bloggers do Porto

Não chegaram a aprofundar as questões que os preocupam nem sequer chegaram a um consenso sobre o tipo de entidade que pretendem constituir. A primeira reunião da denominada Associação de Cidadãos do Porto reuniu cerca de duas dezenas de pessoas, anteontem à noite, no Clube Literário do Porto.

O encontro foi convocado por um jovem arquitecto do Porto, Alexandre Ferreira, através de um post que colocou no blogue A Baixa do Porto (http://www.porto.taf.net/). " Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada", escreveu o mentor do projecto a 13 de Agosto em A Baixa do Porto.

No final do encontro, em que se afloraram temas como a regionalização ou a gestão do aeroporto Sá Carneiro, Alexandre Ferreira dizia-se satisfeito, apesar do número reduzido de cidadãos que se mobilizou. "Acho que isto tem pernas para andar, provavelmente como grupo de debate, no início, mas, depois, já como uma associação, movimento ou algo parecido", disse ao PÚBLICO. "O imobilismo e a passividade têm de acabar", afirmou Alexandre Ferreira, referindo-se ao descontentamento de muitos portuenses que diz sentirem-se prejudicados pelo poder central. "O nosso objectivo é defender a cidade", enfatizou.

"Nós estamos a viver pior, para que o núcleo central, em Lisboa, viva melhor", lamentou Rui Farinas, colaborador do blogue Renovar o Porto que se mostrou disponível para ajudar "naquilo que for possível".

Rui Moreira desejado

Para Alexandre Ferreira, a reunião foi apenas um primeiro passo. Agora, o objectivo é reunir mais apoios: "Queremos alargar a base, com muita gente, transversal a idades e estratos sociais", assumiu. Alguns dos presentes advertiram que, para ter sucesso, o movimento precisará do apoio de personalidades com peso mediático.

Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, foi o nome mais citado. Falou-se da necessidade de uma gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro - com uma base da Ryanair -, de regionalizar o país, de salvar o Boavista... Mas não se chegou a posições definitivas. Combinou-se nova reunião, em data e local a definir.

"Tenho expectativas de que possamos ser um embrião capaz de defender a região e criar pressão junto dos órgãos dirigentes", resumiu Alexandre Ferreira.Quase todos os presentes eram bloggers e, a certa altura, surgiu a ideia de dar o nome Federação de Blogues Portuenses ao grupo. A designação não reuniu consenso e a questão ficou para futuros encontros. "Pode ser uma associação, um movimento, isso discutimos depois", afirmou Alexandre Ferreira.

O projecto é regionalista e propõe-se defender os interesses da Área Metropolitana do Porto.

Fonte: Público.pt

triporto: toca a andar que já se faz tarde!

Duas novas pontes, uma delas pedonal, dois elevadores ligando Miragaia a Massarelos à zona alta da cidade e dois cais acostáveis são elementos centrais do plano de requalificação da zona ribeirinha do Porto.

Um dos objectivos do plano consiste, precisamente, em ligar a zona baixa e a zona alta da cidade através de dois elevadores, um entre os Jardins do Palácio de Cristal e Massarelos e o outro entre a zona da Cordoaria/Passeio das Virtudes e Miragaia.

O plano, que foi atribuído ao arquitecto portuense Pedro Balonas, vencedor do concurso público internacional lançado para o efeito, prevê também duas pontes, uma pedonal entre a zona da Alfândega e o extremo oeste do Cais de Gaia, e a outra que sairá para Gaia frente à Rua de D. Pedro V.

Ambas têm como função principal aliviar os centros históricos de Porto e Gaia da pressão do tráfego automóvel de atravessamento do Douro.

"Estas novas pontes serão à cota baixa, mas terão que possibilitar o trânsito dos navios de grande porte que agora circulam no rio, pelo que serão alinhadas, em termos de altura, com o tabuleiro inferior da ponte de D. Luís", disse.

Estes equipamentos, em conjunto com a reconversão do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís de forma a dar mais comodidade aos peões, permitirão criar aquilo que Pedro Balonas designa como "loop turístico", ou seja, um amplo circuito pedonal, provido de uma grande frente comercial, que os turistas poderão percorrer, ligando as duas margens do Douro.

"Desta forma, os turistas darão uma volta completa às ribeiras de Porto e Gaia a pé, de cerca de quatro quilómetros, com os correspondentes benefícios para o comércio local", afirmou.

A criação de dois cais acostáveis, um na marina a construir junto aos Guindais para embarcações maiores (os barcos-hotel), e o outro junto à Alfândega (para os barcos rabelos turísticos) são outras peças importantes do plano.

O aproveitamento das encostas do Douro, presentemente desertas, é outra vertente do plano, estando prevista a construção de um estabelecimento hoteleiro na encosta das Fontainhas.

Não será uma grande construção, mas sim o que o arquitecto qualificou como "um hotel difuso, distribuído por vários pequenos edifícios com gestão comum, um conceito muito em voga, muito mais compatível com os centros históricos".

"Há que limitar a construção de novos volumes, o que é preciso é saber aproveitar aquilo que temos", afirmou.

A zona entre as pontes do Infante e do Freixo será dedicada à habitação, com construção de baixa densidade e ainda uma série de equipamentos, nomeadamente piscinas fluviais com bares e cafés.

Outro equipamento que o arquitecto pretende incluir no plano é a inserção, em parte do antigo edifício da Alfândega do Porto (que manterá todas as suas actuais valências), de um hotel de seis estrelas ligado à área de congressos.

Pedro Balonas sublinhou que "existe também a necessidade de manter o parque de automóveis da Alfândega, porque escasseiam locais de estacionamento em toda a zona".

"Houve já um projecto de escavar aquela zona, mas sabe-se que há ali ruínas históricas em que não convém mexer, pelo que penso que o mais adequado será manter o parque tal como está e, aproveitando o desnível existente, construir uma laje por cima, ao nível da rua para que consigamos ter no centro histórico um jardim de grande dimensão", disse.

O arquitecto prevê ainda a criação, num dos grandes edifícios desocupados da zona, de um "souk" (zona comercial sofisticada das cidades árabes) das artes, para atrair pequenas indústrias criativas, designers e comércio especializado.

Pedro Balonas considera "fundamental" esta vertente do projecto porque - sustenta - "nas ribeiras do Porto e Gaia há poucas coisas para os turistas comprarem, além do galo de Barcelos e da garrafa de vinho do Porto".

"O Porto e Gaia têm muito pouco para oferecer aos turistas em termos de souvenirs, não há sequer miniaturas de qualquer das pontes, ou da serra do Pilar. Será a partir destas pequenas indústrias e dos seus designers que poderão surgir desde as `T shirts` às miniaturas de todos os tipos e para todos os gostos que levem os turistas a gastar aqui mais dinheiro", afirmou.

"Perdemos dezenas de milhar de euros por não ter este tipo de artigos de merchandising para vender aos turistas, que poderiam até ser objecto de concursos de design,", defendeu o arquitecto.

Fonte: RTP online, em 13-09-2008

triporto: Ser benfiquista - parte II

AVISO IMPORTANTE

As palavras que vão ler a seguir podem levar a vários sentimentos que vão desde o riso, passando pela incredulidade e terminando na revolta...para os adeptos do clube do milhafre o sentimento pode ser mais uma vez o de vergonha por ter representantes desta "qualidade"...:

"O que o Benfica veio dizer é que se trata de um lance normal no futebol moderno, em que Luisão tentou ganhar melhor espaço para disputar a bola. Não há nenhum dolo naquele lance"

O autor destas declarações é o responsável de comunicação do benfica, João Gabriel, referindo-se ao lance da violenta cotovelada de luisão sobre o jogador portista, Sapunaru, com o jogo parado para a marcação de um canto.


E por aqui me fico com as "bacoradas" dos adeptos/representantes deste clube pois se enveredo por este caminho de relatar todo o disparate que sai dali arrisco-me a ter quer criar outro blogue com actualizações diárias...Vamos mas é tratar de assuntos mais sérios pois desta gente já se viu que ou entra mosca ou sai merda pela boca fora...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

triporto: Ser benfiquista...

...não...não vou aqui cantar a letra desse hino escrito por Luis Piçarra nos tempo áureos (para alguns) da ditadura de Salazar, mas sim dar um pequeno exemplo da mentalidade de alguns (ok..ok.. da maioria) dos adeptos desse clube...

O jovem central Sidnei em declarações esta semana afirmou quando questionado sobre o lance entre Rodrigues e o Nulo Gomes (intervenientes do famoso video amador vermelho), que foi e passo a citar: "(...)uma discussão normal de jogo".

Ora bem, hoje no jornal OJOGO, um dos habituais comentadores afectos a esse clube (António Pires) vem dizer o seguinte:


"Um verdadeiro tiro no... pé

Numa altura em que o Benfica está a fazer força para que a Comissão Disciplinar da Liga abra um processo sumaríssimo a Rodríguez e o castigue por um pontapé a Nuno Gomes, aquilo que menos se esperaria era que fosse um jogador do Benfica a tirar força à argumentação das águias. De facto, é difícil compreender como foi possível Sidnei dizer o que disse ontem: "Foi uma discussão normal de jogo." Ou seja, o central encarnado desvalorizou completamente o lance que ainda pode custar um castigo a Rodríguez.

Numa semana em que este foi um dos assuntos mais discutidos, esta frase de Sidnei é um autêntico tiro no pé na estratégia encarnada. Por outro lado, existindo um departamento de comunicação no Benfica, também não se percebe como foi possível os seus responsáveis não terem instruído o jogador sobre esta questão. Afinal, era de adivinhar que o tema viesse à baila. "





Ou seja, para este iluminado vermelho o jovem jogador, que certamente não é benfiquista desde pequenino, deveria ter mentido e dito que o extremo portista cometeu uma agressão bárbara sobre o avançado benfiquista.

Para esta figurinha o importante não é a verdade desportiva ou a sinceridade das pessoas (dentro e fora do campo) mas sim o facto de não se comprometer a "estratégia encarnada"...

É por isso que todos os dias me sinto orgulhoso de SER PORTISTA e não um benfiquista qualquer ...aliás, até acho que deviam mudar o refrão hino para qualquer coisa como...

Ser Benfiquista

É ter na alma a hipocrisia e pouca vergonha na cara...

...Blá...blá...blá...

Associação de Cidadãos - Reunião de 12 de Setembro


Tal como anunciado em posts anteriores, a Reunião de Associação de Cidadãos do Porto irá realizar-se dia 12 de Setembro, às 21.30h, no Clube Literário do Porto.Sessão aberta a todos os interessados.

Para mais informações contacte porto.agora@gmail.com.


(Por Alexandre Ferreira no blogue A baixa do Porto em 9-09-2008)

domingo, 7 de setembro de 2008

triporto: A importância de se chamar ANA e não carolina...

Vem isto a propósito desta notícia:


Ana Salgado vai responder por crime de difamação

A irmã gémea de Carolina Salgado vai responder pelas acusações que fez a Maria José Morgado, num processo por difamação agravada. Ana Salgado disse que a procuradora do Apito Dourado tinha interesses no processo e que influenciava os depoimentos de Carolina.

As declarações foram feitas ao Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto há um ano e levaram Maria José Morgado a processar Ana Salgado.

O Ministério Público analisou as listas das chamadas dos telemóveis da procuradora e de Carolina Salgado e concluiu que as duas nunca falaram ao telefone sobre os testemunhos da ex-companheira de Pinto da Costa.

Por isso, decidiu deduzir a acusação e levar Ana Salgado a julgamento, por considerar que a honra, o mérito e o prestígio de Morgado foram postos em causa.

Maria José Morgado já foi notificada da decisão do Ministério Público, mas, pelo menos para já, e por ser a queixosa, não quer comentar.


Fonte: sic online


Como se vê a palavra de uma SALGADO desta vez não serviu para condenar ninguém, talvez pelo facto do acusado não ser Pinto da Costa...ou talvez pelo facto de a acusada ser a D. Mizé, a famosa super hiper mega procuradora que detém as maiores simpatias


desse super hiper mega procurador geral, Pinto Monteiro, famoso por criar equipas especiais, por ter constantes conflitos com os policias do Porto e por combater ferozmente a corrupção desportiva (infelizmente não tão eficaz noutros tipos de criminalidade como roubos a bancos, bombas ou carjacking)...

Relembro as acusações de ANA Salgado:


Morgado «telefonava a Carolina» a anunciar as acusações



Ana Maria referiu que Maria José Morgado «telefonava a Carolina sempre que tinha sido deduzida uma acusação, dando-lhe conta disso» e que «ouviu um telefonema desta magistrada» para a antiga companheira de Pinto da Costa, na altura em que a procuradora-geral adjunta terá sabido que Carolina «estava psicologicamente em baixo», «dando-lhe força para continuar».

Na versão de Ana Maria, o inspector Sérgio Bagulho «treinava a Carolina para prestar depoimento, chegando ao ponto de fazer referência sobre quem tinha bebido Coca-Cola e cerveja e sobre quem tinha comido filetes e linguado».

Numa dessas conversas a que terá assistido, a 4 de Junho de 2007, Ana Maria garante que a irmã corrigiu um depoimento (primeiro afirmou ter visto dois árbitros numa marisqueira de Matosinhos e depois alterou para quatro), após o inspector Bagulho lhe ter feito «sinal com piscar de olhos».


Fonte: Portugal Diário


Finalmente achei deveras interessante o facto de os senhores do Ministério Publico nada terem encontrado nas chamadas efectuadas entre ambas o que só por si é esclarecedor de que tudo isto foi uma história mal inventada e que jamais haverá motivos para duvidar da honestidade desta gente que investigou o processo do "apito"...Claro que se eu duvidasse também não o ia colocar aqui pois apesar de sermos um país de brandos costumes, temos que ter algum cuidado pois até os tentáculos do "polvo" conseguem chegar aos locais mais imprevisíveis...


sábado, 6 de setembro de 2008

triporto: A luta contra a mafia centralista continua!

F.C. Porto: Parecer contraria Freitas

Defesa de Pinto da Costa entregou no Tribunal opinião contrária à que legitimoucastigos do Conselho de Justiça

A defesa de Pinto da Costa entregou no Tribunal Administrativo um parecer que contraria o documento que serviu de âncora à Federação para validar as decisões da reunião de 4 de Julho do Conselho de Justiça.

Em 2002, Mário Aroso de Almeida assinou, em parceria com Freitas do Amaral, o livro "Grandes Linhas da Reforma do Contencioso Administrativo". Percorridas as 30 páginas do parecer sobre os acontecimentos da polémica reunião do CJ, que ratificou a despromoção do Boavista e a aplicação de suspensão de dois anos a Pinto da Costa, não restam dúvidas de que este professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica não subscreve a mais recente publicação do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros - "A Crise no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol".

"Ora, em nossa opinião, a partir das 17.55 horas, o CJ deixou de estar reunido, pois que o respectivo presidente, no regular exercício dos seus poderes, encerrou a reunião". Esta é uma das mais importantes conclusões do parecer elaborado por Aroso de Almeida. O documento, com data de 31 de Julho, foi solicitado pela defesa do presidente portista e anexado ao procedimento administrativo especial que Pinto da Costa interpôs no Tribunal Administrativo de Lisboa.

Ao contrário de Freitas do Amaral, Aroso de Almeida, reputado especialista em Direito Administrativo, entende que estavam criadas condições para, ao abrigo do artigo 14.º, nº. 3 do Código do Processo Administrativo, Gonçalves Pereira encerrar os trabalhos, classificando a decisão como "inteiramente coerente", na sequência de "um movimento de rebelião em relação ao presidente".

A reunião do CJ, recorde-se, aqueceu quando Gonçalves Pereira declarou o conselheiro João Carrajola de Abreu impedido de votar nos recursos interpostos pelo Boavista e por Pinto da Costa. Na análise a esta acção do então líder do CJ, Aroso de Almeida considera não existir exorbitação, embora admita que a decisão "parece enfermar de um vício de falta de pressupostos". Este é, aliás, o único reparo que o parecer aponta ao procedimento de Gonçalves Pereira. De qualquer forma, acrescenta que a decisão em causa "só era passível de impugnação junto dos tribunais administrativos".

O processo disciplinar instaurado pelos conselheiros ao presidente do CJ também é considerado irregular, desde logo porque "tal matéria não constava, na verdade, da ordem de trabalhos da reunião".

Não restam dúvidas de que, segundo Mário Aroso de Almeida, a reunião em que foram votados os recursos de Pinto da Costa e do Boavista não tem qualquer validade e leva com carimbo de "inexistente": "... os membros do CJ deveriam ter feito na sequência da referida reunião era promover a convocação de uma nova reunião extraordinária (...), em ordem a tentar obter aprovação das deliberações, que, apressadamente, pretenderam adoptar, ainda no próprio dia 4 de Julho de 2008".

Para além de reprovar a acção dos membros do CJ que deram andamento à reunião, em contraste com a aprovação de Freitas do Amaral, Aroso de Almeida, que também é consultor do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça, esclarece que o "vício de desvio de poder", atribuído a Gonçalves Pereira pelos conselheiros que continuaram a reunião, "carece de prova". Desta forma, o parecer desmonta toda a argumentação dos conselheiros, tornando-se mais uma arma importante na defesa de Pinto da Costa junto do Tribunal Administrativo.

(No Jornal de Notícias em 6-09-2008)

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Associação de Cidadãos - Actualização

No seguimento da proposta aqui apresentada para a constituição de uma Associação de Cidadãos que defenda os interesses da AMP, venho por este meio informar os interessados que a 1ª reunião será no dia 12, às 21.30h, no auditório do Clube Literário do Porto, na Rua Nova da Alfândega nº22 (a 50m da Igreja de S.Francisco). A sessão é aberta a todos os interessados e pede-se a confirmação da presença através do email porto.agora@gmail.com.

Gostaria de salientar o acolhimento positivo e surpreendente que tem tido esta iniciativa, ultrapassando inclusive as fronteiras nacionais.

Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira

(Por Alexandre Ferreira no blogue A Baixa do Porto em 28-08-2008)


triporto: Este anúncio vem a propósito disto:

Reunião

Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada. Iniciativas como esta necessitam de encontros de carácter informal, onde os interessados se conhecerão e se ajustarão ideias, objectivos e projectos.

Para tal proponho primeiro encontro para o dia 12 de Setembro, às 20h, em local a determinar. Para ter noção da receptividade e comunicação de novidades desta iniciativa, proponho que se use este blog como plataforma. Para questões organizativas, por favor escrever a porto.agora@gmail.com. A participação de todos em todas as fases do processo é bem vinda. Chegou a hora de dar o primeiro passo.

Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira

(Por Alexandre Ferreira no blogue A Baixa do Porto em 13-08-2008)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Importância de se chamar Brunheda

Ana Paula Vitorino, a dinâmica Secretária de Estado dos Transportes, anunciou o encerramento da linha do Tua, depois de um descarrilamento de uma composição perto de Brunheda, de que resultou um morto confirmado e 5 feridos graves..

Ainda está por apurar se a causa do acidente advém de uma explosão na linha ou na carruagem que faz o serviço normal da linha do Tua. Num caso ou no outro dá que pensar.

Principalmente quando o País, a braços com uma crise internacional de contornos imprecisos, discute tranquilamente a arrojada aposta no TGV, em particular como forma de resolver a ligação Lisboa/Madrid (??), quando os próprios espanhóis parecem já ter desistido de o fazer.

Como é possível que um dos desígnios principais do País seja o de ter uma linha de alta velocidade (já obsoleta na Europa avançada) para a ligação de Lisboa a Madrid. Com que propósito? Para melhorar o quê? Para servir quem?

Por muito menos, seria possível melhorar a linha ferroviária existente, e transformá-la num elemento potenciador do turismo biológico e de natureza. Em vez disso a Refer faz concursos para o aproveitamento das magnificas estações de caminho de ferro da linha do Douro e do Tua.

Sem prejuízo da segurança das pessoas, não parece disparatado apostar em tecnologias limpas e tão interessantes, como instrumentos de atracção e descoberta do Douro Património Mundial da Humanidade.

Só não percebe isto quem nunca se deixou extasiar por um passeio na mágica linha do Tua que agora, por tempo indefinido, estamos impedidos de fazer.

Enquanto isso o País discute, com parolo deslumbramento, o mega investimento do TGV.

Talvez porque liga Lisboa a Madrid e não o Douro ao resto do Mundo.

Talvez pela (falta de) importância de o local do acidente se chamar Brunheda...


(Por António de Souza-Cardoso no blogue Bússola em 24-08-2008)

triporto: A mafia vermelha começa a actuar...


Depois de no sábado termos visto um árbitro-assistente assinalar um penalti contra o sporting a 2 metros da área, eis que ontem assistimos à cegueira total com a marcação de um escandaloso fora de jogo ao FC PORTO num lance que resultaria no 2º golo da equipa portista.


O caricato deste ultimo lance é que o erro do árbitro-assistente, ao contrário de Alvalade, não foi de uns "míseros" 2 mt mas sim no mínimo de uns bons 5 mt!!!


Para muitos isto são erros normais, mas para mim é algo que prenuncia que "forças estranhas" tudo farão para que o principal clube da capital do Império cumpra o seu objectivo primordial que é a conquista do campeonato.


Se tivermos em conta que o clube do milhafre foi o que mais investiu esta época em reforços,( cerca de 26 milhões euros sem contar com os ordenados) e se analisarmos as tentativas frustradas para tirar o FC PORTO da Liga dos Campeões, fácil será concluir que tudo farão para tentar tirar proveitos das avultadas quantias despendidas e isso normalmente para aquelas bandas não significa jogar melhor que os outros mas sim ir eliminando a concorrência aos poucos...


Se duvidas houvesse bastaria puxar um pouco pela memória e ver como foi ganho o ultimo campeonato deste apelidado "glorioso"...


Querem um pequeno exemplo do que pode vir a suceder no próximo sábado...?...Recordem este lance passado num jogo no campo da luz em 2000 com derrota do FC PORTO por 1-0...



triporto: Musica no Palácio à borla


PROGRAMA

Palco Principal

SEXTA, 29 AGOSTO
MICRO AUDIO WAVES www.microaudiowaves.com

TIAGO BETTENCOURT & MANTHA www.myspace.com/tiagobettencourt

SAM THE KID www.myspace.com/samthekid

SÁBADO, 30 AGOSTO
RITA REDSHOES www.myspace.com/ritaredshoes

LINDA MARTINI www.myspace.com/lindamartini

BURAKA SOM SISTEMA www.myspace.com/burakasomsistema

Palco Ritual

SEXTA, 29 AGOSTO
SNAIL www.myspace.com/snailpt

A JIGSAW www.myspace.com/ajigsaw

SIZO http://www.myspace.com/sizo

SÁBADO, 30 AGOSTO
CASINO ROYAL http://www.myspace.com/sizo

PORTE www.myspace.com/bigporte

HUMAN CHALICE www.myspace.com/humanchalice

Actividades paralelas


EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA de Sérgio NetoA CÔR DO SOM PORTUGUÊSLocal: Foyer da Biblioteca Almeida GarrettHorário: das 15h00 às 21h00

TEATRO DE MARIONETAS por Rui SousaLocal: Avenida das TíliasHorário: às 16h00 e às 18h00

JUMPERS - "Com uns Jumpers nos pés é possível dar saltos de 2 metros de altura, correr com passadas de 3 e fazer manobras de 4... É um novo conceito de locomoção, um excelente exercício físico, um desporto revolucionário, uma nova forma de andar, a saltar. Antes que alguém salte por cima de ti, vem experimentar no workshop durante as Noites Ritual."

JAZZ AO JANTAR - Local: Avenida das Tílias - Praça da AlimentaçãoHorário: das 19h30 às 21h00 Sexta, 29 de Agosto - Eurico Costa TrioSábado, 30 de Agosto - Demian Cabaud Quarteto

EXTENSÃO AVANCA 08 Local: Auditório da Biblioteca Almeida GarrettHorário: das 15h00 às 21h00
As Noites Ritual em parceria com o "AVANCA - Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia" promovem uma mostra seleccionada de curtas-metragens de ficção, animação e experimentais, documentários e obras multimédia.

FEIRA ALTERNATIVA Local: Avenida das TíliasHorário: das 15h00 às 02h00Venda de CD's, DVD's, artesanato, merchandising, acessórios de moda, bijutaria, vestuário, etc.

Fonte: www.cm-porto.pt

sábado, 23 de agosto de 2008

triporto: curiosidades do centralismo


Por muito menos do que se passa agora este senhor foi exonerado do cargo ainda antes de completar o seu 1º ano de mandato como ministro da Administração Interna...
Claro que o facto de ser um homem do Norte não teve nada haver...ou será que teve?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A testemunha-chave de novo na ribalta

Um artigo de opinião no Reflexão Portista bastante interessante sobre a "protegida" da D. Mizé, do Sr. Monteiro e do luisinho dos pneus...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

triporto: Publicidade a causas nobres

Reunião

Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada. Iniciativas como esta necessitam de encontros de carácter informal, onde os interessados se conhecerão e se ajustarão ideias, objectivos e projectos.

Para tal proponho primeiro encontro para o dia 12 de Setembro, às 20h, em local a determinar. Para ter noção da receptividade e comunicação de novidades desta iniciativa, proponho que se use este blog como plataforma. Para questões organizativas, por favor escrever a porto.agora@gmail.com. A participação de todos em todas as fases do processo é bem vinda. Chegou a hora de dar o primeiro passo.


Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira


(Por Alexandre Ferreira no blogue A Baixa do Porto em 13-08-2008)

triporto: A caminho do tetra

Com a derrota na final da supertaça (mais uma) ficamos desde já a saber que conquistaremos mais um campeonato tal como tem vindo a ser habito nas ultimas épocas sob a liderança do Professor Jesualdo Ferreira (derrota nas taças e vitórias na Liga)...

E naturalmente também já nós todos sabemos que na próxima época outro treinador terá o privilegio de orientar o FC Porto, pois isso é uma estratégia habitual e quanto a mim acertada do meu Presidente pois a ambição de continuar a ser o principal clube deste país assim o exige...

Concluindo, com dois golos fomos derrotados, com duas certezas eu fiquei após o jogo...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

triporto: Quinta do Covelo

Novo parque urbano vai nascer na Quinta do Covelo

Porto sem valores

O Salgueiros aluiu. Depois, O Comércio do Porto fechou. Agora é a vez do Boavista baquear num poço sem fundo à vista, enquanto que mais um título centenário, o Primeiro de Janeiro, vê o seu fim anunciado.

São apenas empresas, dir-me-ão. O mercado liquida umas e logo outras ocuparão o seu espaço, garantem-me amigos ainda mais liberais do que eu. Não estou de acordo – estas quatro instituições são emblemas do nosso imaginário, são referências de uma região. Cada uma, à sua maneira, ajudou a fazer-nos como somos, a perceber o Mundo da forma universalmente ‘portocêntrica’ que ainda é timbre de muito boa gente. Quando os símbolos morrem, todos os que neles estamos revelados, murchamos um pouco também.

Mas o que mais me dói é a apatia em que tudo isto se deu. A indiferença veio, sobretudo, de cima, daqueles que adoram fazer uma interpretação limitada da sua missão estratégica nesta região e que ficaram bem mais pequeninos ao ignorarem dimensões básicas do nosso colectivo.

Mas a população da região do Porto manteve-se em estado de inércia, igualmente, perante a ruína destas quatro instituições. O Porto não costumava ser assim. Mas a perda das referências dá sempre nisto – o Porto esquece a diferença que sempre o fez e torna-se igual à mesmice do resto do País.

(Por Carlos Abreu Amorim na Grande Porto TV - secção de "opinião" em 4-08-2008)

Povo? Ou o que resta dele?

Do Povo não se espere nunca coisa alguma. Neste País foi sempre o Poder que convidou com cravos ou sem eles o Povo para as mudanças. Quando o Norte entender congregar os seus filhos para a emancipação, quando os filhos do Norte entenderem que não é tornando-se filhos de uma outra coisa qualquer(*), e os Nortenhos acordarem em dizer BASTA, aí o quadro a que assistimos hoje terá tendência para melhorar. Assistimos impotentes aos processos de "lobotomia" a que sujeitam este Povo, sempre expectante nos noticiários à espera que alguém os ajude a ter opinião na hora seguinte. Quando colocados perante questões da mais diversa índole é certo e sabido que a maioria das suas respostas tende a reflectir as sondagens que o poder instalado encomendou aos servidores do costume em vésperas de decisão. Todos sabemos que a excelsa democracia em que vivemos é aqui como em qualquer outro sítio é à partida, um jogo viciado.

Não exijamos mais ao Povo. Depositemos esperança no que resta dele.

Também já me fartei das expressões "lá para o Norte", "os Nortenhos", "o bom Povo do Norte" (lembram-se?) e outras que apenas reflectem desprezo, ignomínia, secundarização. Estou farto de ser nortenho. Já é tempo de ser NORTISTA. E no futuro um "YANKEE" à moda do Norte.

(*) Centralismo

Cumprimentos.
Guilherme Olaio

triporto: isto é um excerto de uma troca de argumentos bastante interessante que se desenrola actualmente no blogue A Baixa do Porto .

triporto: Cultura para alguns mas à custa de todos!

Nove museus de lisboa grátis e abertos à noite

Sim...nove museus que são pagos por todos os portugueses, convém frisar...

Não está em questão o acesso à cultura mas apenas e mais uma vez o facto deste tipo de iniciativas (ou borlas) terem sempre o mesmo epicentro...

Mas o importante é manter a capital do Império feliz e entretida...tudo para turista ver...A crise que se lixe...



quarta-feira, 6 de agosto de 2008

triporto: A mafia da capital do Império volta ao ataque

ACP acusa ANA e Mário Lino de impedirem gestão autónoma do aeroporto Sá Carneiro

O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, acusa a ANA e o Ministério das Obras Públicas de impedirem “a gestão autónoma do Aeroporto do Porto” por não aceitarem proposta da Sonae e não abrirem concurso público para a gestão do aeroporto.

Rui Moreira comentou desta forma notícia divulgada pelo "Jornal de Negócios", segundo a qual o "Governo começa a fechar [a] porta à entrega do Sá Carneiro à Sonae". De acordo com o mesmo jornal, a proposta está a ser analisada pelo ministro Mário Lino, mas deverá ser recusada por pagar pouco pela infra-estrutura, não prever qualquer pagamento à cabeça e não cobrir os investimentos já realizados na expansão do Sá Carneiro.

A Sonae e Soares da Costa estão dispostas a pagar 800 milhões de euros (a preços correntes) pelo aeroporto, durante 25 a 30 anos, e a contribuir com 200 milhões de euros para um fundo de promoção da região Norte como destino, segundo noticiou o mesmo jornal a semana passada.

A ACP defende que seja aberto “um concurso público que permita que quer a Sonae, quer outros interessados, possam concorrer [à gestão do aeroporto] ".

Na opinião do presidente da ACP está a ser desenvolvida "uma campanha miserável que tem sido montada a conta gotas" com o objectivo de impedir a gestão autónoma do Sá Carneiro.

(No Público em 5-08-2008)


triporto: Optei também por colocar aqui alguns comentários sobre esta notícia retirados do mesmo local:


05.08.2008 - 17h07 - helder, suiça
Vejam a Madeira com o seu Governo Regional que consegue para os Madeirenses voos low-cost para Lisboa e para a Europa.Vejam se a Madeira nao tem a gestao dos aeroportos Regionais atraves da ANAmadeira.No continente somos roubados por Lisboa que nos aumenta continuamente os impostos para depois investirem o nosso dinheiro na cidade de Lisboa.Quando teremos Governos Regionais eleitos e que reinvistam o dinheiro dos impostos recolhidos na Regiao na nossa Regiao.



05.08.2008 - 16h12 - Anónimo, País
Deve haver um concurso público para privatização do Aeroporto do Porto. Aquele que tem a maior area de influência em Portugal, abrange uma População de 6 milhões de habitantes, dai a Ryanair em apenas dois anos ter aberto 12 rotas para cidades europeias a partir do Porto. Antes da liberalização dos espaço aereo Europeu era a ditadura da TAP e a romaria constante a Lisboa para qualquer lado que se fosse, ridiculo no mínimo. Como o presidente da Ryanair disse no Porto - "O governo Português não tem interesse em desenvolver o Norte de Portugal", tiros no próprio pé. Mario Lino não serve como ministro do estado Português, ele deve ser ministro de estado e não ministro de Lisboa e Vale do Tejo, respeite os Portugueses. Auilo é muito mau e nau dá lucro nenhum, mas a ANA não mostra os números e tambem quer aquilo a toda a força, mas que grande contradição.


05.08.2008 - 15h34 - Nuno, Guimarães, Portugal
A população servida pelo Sá Carneiro constitui a maioria da população portuguesa comparativamente com outros equipamentos e a sua taxa média de desemprego anda á volta dos 10%, quase o dobro de lisboa. Quantos anos irão passar até que se reconheça que um Norte em crise implica um Portugal em crise?



05.08.2008 - 15h02 - José Silva, Coimbra
Quem mora do distrito de Coimbra para Norte sente na pele o que se passa neste ponto. Pergunto, se 55% da população de Portugal Continental mora mais perto do Aeroporto Sá Carneiro do que de qualquer outro, em qual se deveria apostar, num estado equalitário e sem governos centralistas prepotentes? Ao invés, faz-se um novo Aeroporto de Lisboa com características megalómanas, há concentração unilateral, e ainda mais um Aeroporto de apoio em Beja. Aliás, 45% da população fica servida por três Aeroportos, enquanto os restantes 55% têm um! Já viram a composição dos vôos e destinos exclusivos a partir de Lisboa? Há casos até em que para um portuense ou bracarense viajar para o Norte da Europa tem de ir fazer escala a Lisboa! Cúmulo do absurdo!!! Em vez de dividirem os vôos dia sim dia não entre Porto e Lisboa (ou 4/Lisboa e 3/Porto, o que fosse), Lisboa tem monopólio total!!! E depois dizem que o Aeroporto de Lisboa está saturado! Pudera, 11 em cada 20 portugueses têm de usá-lo preferentemente quando podia usar o que está mais perto de si!!! Até a TACV conseguiu ver o que a TAP não queria, e criaram uma rota do Porto para Cabo Verde, com muito lucro! Para os Governos, só Lisboa é Portuga



Aerotorto

AEROTORTO é o grande título dado ao conjunto de notícias publicadas hoje no Jornal de Negócios, cuja conclusão é a afirmação de que o "Governo [está] contra a proposta da SONAE para o Aeroporto Sá Carneiro", apoiado num "parecer que arrasa a proposta do consórcio do Norte".

Com parecer arrasador ou sem ele, a decisão é política e já estaria tomada. Talvez o "consórcio do Norte" devesse mudar para o vórtice lisboeta, se quer gerir o aeroporto. Assim, a pretensão da SONAE levará o mesmo descaminho que tiveram outras da sua autoria, como o canal de TV (entregue por Cavaco à Igreja Católica, que não o soube gerir e o vendeu a um grupo… colombiano, lembram-se?) ou a mais recente OPA sobre a PT, abortada por decisão política do Governo de Sócrates.

É o grande sugadouro lisboeta, implacável, a enriquecer à custa dos recursos do Estado que, supostamente, seríamos todos nós.


(Por Carlos Ruben no blogue A Baixa do Porto em 5-08-2008)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Grande Porto TV + Novo semanário na região

Grande Porto TV nasce on-line com canais para cada concelho

"É mais um serviço público do que um projecto para ganhar dinheiro. Mas também não queremos ter prejuízo", ressalva o coordenador

A falta de "informação de proximidade" e de contacto com as "gentes locais" fez nascer a Grande Porto TV, um projecto que está on-line desde Junho, em fase experimental, e que entrou, há um mês, em "velocidade de cruzeiro". A partir de agora, ter um canal por cada concelho do Porto passou a ser uma realidade que vem "colmatar uma falha", explicou ao PÚBLICO Rogério Gomes, mentor e coordenador do site www.grandeportotv.net.

O principal objectivo desta nova televisão é "dar a conhecer as actividades das autarquias", porque, para o responsável, há vida além da Câmara Municipal do Porto. Por isso, tem como público-alvo os "moradores" e o suporte on-line foi escolhido por ser o mais "prático e viável" e também pouco dispendioso - exige um investimento de cerca de cinco mil euros mensais, segundo Rogério Gomes.

Nesta fase inicial, a redacção do Grande Porto TV conta com dois jornalistas, número que deve ser alargado brevemente e que pode continuar a crescer. A equipa tem, ainda, a colaboração de uma empresa para a gravação dos vídeos que são, posteriormente, editados pelos jornalistas. Entretanto, ao projecto já aderiram alguns estagiários que, segundo Rogério Gomes, trouxeram bastante dinamismo à equipa.

Quanto à possibilidade de alargar o projecto, o responsável assegurou que "há estrutura montada para se criarem canais mais específicos de associações ou empresas" que estejam eventualmente interessadas, mas assegurou que esta televisão não pretende ser um grande negócio: "É mais um serviço público do que um projecto para ganhar dinheiro. Mas também não queremos ter prejuízo", ressalvou.

Por agora, os canais de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia já estão disponíveis com actualizações regulares, que em muito se devem às autarquias, segundo o coordenador do projecto Grande Porto TV.

Rogério Gomes, também secretário-geral da empresa Águas de Gaia e ex-director do jornal O Comércio do Porto, sublinhou o entusiasmo das autarquias com a nova televisão, para a qual têm enviado bastante informação. No entanto, o projecto da Grande Porto TV não se quer basear apenas na agenda política e conta que todos os visitantes ofereçam conteúdos, como vídeos, imagens e notícias, apesar de Rogério Gomes reconhecer que "o público autárquico é um dos principais destinatários".

Opinião valorizada

A secção de opinião é especialmente valorizada nesta nova televisão, prevendo-se que sejam sempre colocadas no site duas colaborações por semana.

"Esperamos o contributo de personalidades reconhecidas, desde políticos a empresários. Não vamos ter colunistas fixos, mas queremos um painel representativo e um leque alargado de pessoas", acrescentou o coordenador.

O site conta, além dos vídeos diários e das notícias, com um jornal semanal - que resume o que de mais importante se passou em todos os concelhos - e com a agenda cultural que destaca as iniciativas mais marcantes de cada concelho e que normalmente "não têm lugar nos outros meios".

A divulgação da Grande Porto TV, por agora, está a ser feita por correio electrónico mas, depois do Verão, serão colocados outdoors nas ruas e publicidade em transportes públicos. "É um projecto mais de militância do que um grande negócio. Mesmo assim, quero testar se é real o que eu acho que é verdade: que há falta de informação de proximidade", concluiu Rogério Gomes.

Rogério Gomes passou por O Primeiro de Janeiro, Expresso, PÚBLICO, O Jogo e O Comércio do Porto


Grande Porto chega no último trimestre do ano

Depois da aposta nas novas tecnologias, Rogério Gomes decidiu envolver-se num outro projecto na área da comunicação, mas em formato mais tradicional - o papel. A Sojormedia, a holding de comunicação social do grupo económico Lena, vai lançar até ao final deste ano um novo semanário focado em temáticas regionais dirigido à Região Norte. O jornal deverá chamar-se Grande Porto e ter uma tiragem inicial de 30 mil exemplares, com saída à sexta-feira, um dia antes dos Expresso e Sol.

Apesar de o nome final não estar decidido, tudo indica que fique mesmo Grande Porto, para que funcione como porta-voz da região e defensor intransigente dos seus interesses. Rogério Gomes explicou, ainda, que, apesar da vocação do novo título ser regional, também terá "informação generalizada", o que justifica a distribuição nacional.

Este semanário - que quer atingir vendas de 20 mil exemplares nos primeiros seis meses e representa um investimento de de 500 mil euros - é o reflexo da linha seguida pelo grupo de Leiria que adquiriu recentemente o diário As Beiras, de Coimbra, e o semanário O Algarve, que será relançado. Antes destas operações, a Sojormedia tinha já comprado seis jornais nos distritos de Aveiro, Viseu, Leiria e Santarém. O grupo dirige, também, duas rádios locais, em Abrantes e Viseu, e a editora Imagens & Letras.


(No Publico em 3-08-2008)

triporto: off-topic

Álcool no sangue ou sangue no álcool??!!


Condutor búlgaro apanhado com 8,15 gramas de álcool no sangue

Um condutor búlgaro surpreendeu a polícia ao apresentar uma taxa de alcoolemia de 8,15 gramas por litro, quando era detido por ter causado um ligeiro acidente perto de Batak, no Sudoeste do país, noticiou segunda-feira a televisão bTV.

O automobilista de 25 anos, que foi preso no domingo, reconheceu ter bebido duas caixas de cerveja, ou seja, 20 litros em 24 horas. Pouco depois do controlo policial, desmaiou, acrescentou a bTV.

A taxa de alcoolemia autorizada na Bulgária é de 0,5 gramas por litro.

A polícia multiplicou as operações policiais neste Verão na sequência de vários acidentes graves. Os desastres rodoviários fizeram mais de mil mortos em 2007, num país com 7,7 milhões de habitantes.


(Na TSF em 5-08-2008)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

triporto: Aqui está o pagamento pelo servicinho ó menina...

"Encarnados" Luís Filipe e Nuno Assis a caminho de Guimarães

O director de comunicação do Vitória de Guimarães, José Marinho, admitiu a possibilidade de os jogadores do Benfica Nuno Assis e Luís Filipe deverão vestir a camisola vitoriana na época que se avizinha.

Segundo o mesmo responsável, as negociações entre os dois clubes estão bem encaminhadas, "há interesse dos jogadores" e, uma vez que o Benfica é um dos clubes que participa no Troféu Cidade de Guimarães, que hoje se inicia, é muito provável que os jogadores já não regressem a Lisboa ou sejam apresentados como reforços do Vitória no decurso do torneio.

À Lusa, o presidente do Vitória de Guimarães, Macedo da Silva, foi mais cauteloso e preferiu esconder o "jogo": "podem ser esses dois como não serem, vamos esperar pelos próximos dias", disse.

(No Jornal OJogo em 1-08-2008)

triporto: Figurinhas tristes

UEFA repreende advogado do Guimarães

A UEFA notificou, ontem, Gonçalo Gama Lobo, advogado do Vitória de Guimarães, no sentido de o causídico não enviar mais documentos sobre o processo no qual os vimaranenses reclamam a entrada directa na Liga dos Campeões, em detrimento do F. C. Porto.

A missiva dá conta da mesma mensagem já ter sido expressa, em comunicado interno, a 16 de Julho, no entanto, o advogado do clube minhoto continuou a mandar mais documentação, negando ter recebido qualquer comunicação no sentido contrário. "Desconheço essa carta de 16 de Julho", explica, ao JN

Por isso, desde essa data, o advogado enviou à UEFA partes do parecer jurídico de Freitas do Amaral sobre as deliberações do Conselho de Justiça, o comunicado de Gilberto Madail, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, assim como o próprio comunicado do órgão federativo, dando conta da suspensão do presidente Pinto da Costa por um período de dois anos. Mas a UEFA pediu ao causídico para não dirigir mais elementos sobre o processo, pois o organismo que tutela o futebol europeu não vai tomar nenhuma acção disciplinar até o TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) enviar as suas deliberações à UEFA. Neste capítulo, a mais alta instância jurídico-desportiva já tinha confirmado a decisão do Comité de Apelo, no sentido de manter o F. C. Porto na próxima edição da Liga dos Campeões, mantendo-se o actual quadro competitivo com o Vitória de Guimarães a disputar a pré-eliminatória da prova - o sorteio está agendado para hoje - e o Benfica, que também reivindicava a Champions, irá disputar a Taça UEFA

Documentos de nada valem

Na notificação da UEFA enviada ontem, com o conhecimento do F. C. Porto e do Benfica, o organismo também explica que "a correspondência enviada" pelos vimaranenses, "sem qualquer pedido do Comité de Controlo e Disciplina", como foi o caso, "não terá qualquer efeito" no processo

O organismo só irá ouvir as tomadas de posição do Vitória de Guimarães quando convocar o advogado Gonçalo Gama Lobo, naquilo que pode ser interpretado como um conselho ao causídico: "Convidámo-lo a guardar para si as opiniões legais sobre a resolução do processo, enquanto não for chamado para isso".


(No Jornal de Notícias em 1-08-2008)

triporto: Acho muito bem!

Rio Douro: Câmara de Gaia propõe três novas pontes em parceria com autarquia do Porto


Porto, 01 Ago (Lusa) - O vice-presidente da Câmara de Gaia, Marco António Costa, defendeu hoje a construção de três novas pontes sobre o rio Douro e propôs a criação de um equipa técnica comum aos dois municípios (Porto e Gaia).

"Existem propostas de ambos os lados, é fundamental para a região e para o país que se chegue a uma solução conjunta", sustentou Marco António Costa.

O autarca considerou que este é o "momento adequado" para avançar com os projectos porque existem "instrumentos de financiamento" que "não podem ser desperdiçados".

Numa conferência de imprensa, onde foram recuperados projectos de três pontes sobre o Douro - uma pedonal, outra rodoviária e para metro ligeiro e uma terceira destinada à ferrovia de alta velocidade - o autarca anunciou que no decorrer da próxima semana será apresentada "uma proposta de trabalho conjunto, a nível técnico" na Câmara do Porto.

"Os dois municípios não podem ficar numa situação de impasse. Seria imperdoável que não se entendessem, seria um sinal de miserabilismo não aproveitar a oportunidade do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional)", frisou.

Marco António sublinhou ainda que o encontro de hoje com os jornalistas destinou-se a fazer o ponto da situação do trabalho já realizado pela Câmara de Gaia nesta área, referindo que "o ideal seria que até final de 2008, as duas autarquias estivessem em condições de apresentar uma proposta técnica ao QREN".

As três pontes - cujos projectos foram desenvolvidos na sequência de um protocolo celebrado em Dezembro de 2001 entre as duas câmaras, a RAVE, o Metro e a Universidade do Porto - estão orçadas em cerca de 60 milhões de euros.

Segundo o professor catedrático de pontes na Faculdade de Engenharia do Porto, a Ponte de Gólgota (rodoviária e metro ligeiro) tem um custo estimado em 32 milhões de euros, a ponte de Santo António (ferrovia de alta velocidade) 16,8 milhões e a ponte pedonal deverá custar cerca de 11 milhões.

"No total, representam um décimo do que vai custar a ponte Chelas/Barreiro", frisou Adão da Fonseca.

O catedrático salientou que os orçamentos apontados foram já objecto de actualização.

(Na Lusa em 1-08-2008)

triporto: blogues de interesse publico

Sendo a blogosfera uma das fontes prioritárias deste espaço, tentarei sempre que for possível acrescentar à minha lista de fontes vários endereços de blogues que, na minha opinião, comunguem dos ideais (ou parte) que defendo aqui.

Posto isto, aqui vão mais alguns:

Desporto Político

Reflexão Portista

Região Norte é a única solução para o país

"Uma região que assegura mais de 40% das exportações de um país não está em declínio. E o Governo já percebeu que a aposta no Norte é a única solução para o país", afirmou, ontem, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Carlos Lage.

De acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia da região Norte, cresceu, em 2006, acima da média nacional. O mesmo havia acontecido em 2005 (0,6%) e, citando Carlos Lage, "agora temos a confirmação de que aquele bruxulear trazia uma luz".

Comentando os dados do INE, o presidente da CCDRN constatou a sua correlação com o aumento das exportações portuguesas. "Quando as exportações aumentam o Norte cresce mais. E, se for assim a região poderá ter crescido, no ano passado, acima dos 1,9%. Por isso, temos de reflectir sobre o actual modelo económico do país. É necessário saber se Lisboa é o motor da economia ou se beneficia apenas dos gastos públicos e dos centros financeiros que lá estão instalados, e dos salários superiores", considerou Carlos Lage.


(No Jornal de Notícias em 1-08-2008)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Assimetrias no Investimento Público

"Nova" Frente Tejo vai custar 165 milhões de euros

O Governo já fez publicar, em Diário da República, a Resolução do Conselho de Ministros que estabelece os objectivos e as linhas de orientação da requalificação e reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa, inscritos no Plano Estratégico da Frente Tejo, bem como o diploma que institui a sociedade Frente Tejo SA como a responsável pela gestão das intervenções a implementar e que designa José Miguel Júdice como seu presidente até Dezembro de 2010.Os trabalhos deverão estar concluídas até 5 de Outubro de 2010, dia das comemorações do centenário da implantação da República em Portugal.


2100 milhões para o Oeste

Para compensar a decisão do Governo de abdicar da Ota para a construção do futuro aeroporto de Lisboa, os 17 municípios do Oeste e da Lezíria do Tejo viram ontem o ministro das Obras Públicas anunciar um plano de investimentos na ordem dos 2100 milhões de euros até 2017.

"Mais de uma centena de projectos importantes e estruturantes", sublinhou o ministro Mário Lino, nas Caldas da Rainha, após a aprovação do documento final, que esteve a ser negociado nos últimos seis meses.

O ministro explicou que este plano surge devido às expectativas que foram criadas pela hipótese do aeroporto se localizar na região. "O Governo considerou que era justo dar um apoio especial a esta região para encontrar um novo modelo de desenvolvimento sem ter esta infra-estrutura, não houve aqui um comércio", disse Lino, rejeitando a expressão "compensações".

O autarca de Santarém, Moita Flores, acredita que com estes investimentos o município "vai poder sair do pesadelo da recessão e entrar numa atmosfera de optimismo".

Entre os projectos estão a remodelação e construção de dois hospitais, a reestruturação da Linha do Oeste e eixos rodoviários com ligação ao aeroporto em Alcochete e a variante entre Malveira e Lisboa. O plano é aprovado pelo Governo em Agosto.


Porto: Obras da segunda fase do metro congeladas

O presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Rui Rio, considerou ontem "extremamente grave" o "incumprimento" por parte do Governo da expansão do metro do Porto.

Em causa, está o memorando de entendimento, assinado a 21 de Maio de 2007, que, além de definir a nova composição do Conselho de Administração da Metro do Porto, prevê as obras que incluem a segunda fase do metro portuense.


(Por António Almeida Felizes no blogue "Regionalização" em 26-07-2008)

"o Norte afirmou-se na ultíma década como a região mais pobre do País"

Norte cada vez mais longe de Lisboa e do resto do País

Uma década não foi suficiente para Portugal se aproximar da média europeia em termos de rendimento por habitante, mas chegou para se acentuarem as disparidades regionais dentro do País, com o Norte a ficar para trás na corrida por um melhor padrão de vida. Este é um retrato da evolução regional revelado ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).


Em dez anos, a região Norte foi a única que perdeu quando comparada com a média da riqueza por habitante a nível nacional: em 1996, o PIB 'per capita' da região era de 85% da média, tendo caído para 80% dez anos depois.

Apesar da ligeira melhoria de um ponto entre 2005 e 2006, o Norte afirmou-se na última década como a região mais pobre do País. No mesmo período, o Centro manteve-se nos 85% da média e as restantes regiões melhoraram, com a Madeira a registar um crescimento fulgurante, saltando de 90% para 128%. Lisboa manteve-se na dianteira das regiões mais ricas, passando de 138% para 140% da média nacional.

(No Jornal de Negócios em 29-07-2008 - via blogue "Regionalização")

" O nosso problema é sermos do Porto."

Porto Canal "está para ficar"

Bruno Carvalho, director do Porto Canal, lamenta que grandes grupos não invistam no projecto e crê que,se fosse uma iniciativa de Lisboa, tudo seria diferente

Bruno Carvalho, de 39 anos, director do Porto Canal, que completa o segundo aniversário a 29 de Setembro, falou, ao JN, da solidez do projecto que lidera, avançou a nova programação, mas deixou um recado: "A dificuldade de consolidar um projecto a Norte é brutal".

O Porto Canal faz dois anos em Setembro. Que balanço é que faz?

Houve quem dissesse que o Porto Canal não duraria mais do que dois ou três meses. Estamos cá. Estamos para ficar. Vamos fazer dois anos no próximo dia 29 de Setembro. Estamos de boa saúde.

Quem é que vê o Porto Canal?

Não hostilizamos públicos. Mas este é um canal para o Norte, ou melhor, para o Grande Porto. E somos um canal com peso na sociedade portuense. Tudo o que se passa no grande Porto, é reflectido no Porto Canal.

Diz que têm peso na sociedade portuense, mas as medições não indicam grande audiência...

Acredito que somos francamente mal medidos. Não se compreende que em certas alturas as linhas telefónicas estejam todas entupidas, porque as pessoas querem participar nos programas, e que depois as medições indiquem uma baixa audiência.

Que consequências?

Isso serve de desculpa para que grandes empresas não invistam um cêntimo no canal. Estamos a falar de uma Galp, de uma EDP, PT ou Caixa Geral de Depósitos, por exemplo.

Serve de desculpa, porquê? Há outros motivos pelos quais essas empresas não investem no canal?

Acredito que se se tratasse de um canal com as mesmas características mas em Lisboa, a história seria diferente. O nosso problema é sermos do Porto.

Como é que conseguem os dois milhões de euros anuais de que precisam para manter o canal?

As nossas receitas são de 1,3 milhões de euros. Conseguimo-las através de anunciantes como o Modelo, o Continente, a Superbock, a Unicer, o Corte Inglês, etc. O restante é a Media Luso [produtora espanhola] que financia.

O Porto Canal é um projecto em risco?

Não, de maneira nenhuma. E temos muitas novidades para a nova temporada.

Vamos falar delas?

A nível da informação, teremos uma grande reportagem semanal, com a duração de 25 minutos, sobre uma qualquer realidade do Grande Porto. O programa contempla um debate. Vamos ainda ter um diário que visa premiar cidadãos anónimos. É um programa com 25 categorias, como, por exemplo, o melhor restaurante ou o melhor sapateiro. Depois, para cada categoria existem dez nomeados que vão a votos. Será o público a votar. Não é a elite a premiar a elite. É andar na rua, no Grande Porto. Teremos ainda um programa novo de humor e um outro, do Joel Cleto, com histórias da cidade do Porto.


(No Jornal de Notícias em 31-07-2008)

Norte reclama unido gestão do aeroporto

Um apelo a cinco vozes irá, hoje, partir do Norte para o Governo. Em causa está a carta enviada por autarcas e associações a José Sócrates para que seja debatido um modelo de gestão autónoma do aeroporto de Sá Carneiro.

Há duas semanas, Rui Rio, presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), anunciou o envio de uma missiva conjunta ao primeiro-ministro. O objectivo foi, segundo anunciou, responder positivamente ao desafio lançado por José Sócrates para que a região mostrasse que tem capacidade para uma gestão autónoma daquele equipamento. O que o Norte reclama é uma gestão privada e descentralizada, e não secundarizada no âmbito de um processo de privatização da ANA.

Agora, a mensagem será reforçada numa conferência de imprensa, esta tarde, com os signatários: Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Comercial do Porto (ACP), Associação Industrial do Minho (AIMinho) e Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA).
O lançamento da frente institucional e a carta a José Sócrates foram, no passado dia 9, anunciados pela voz de Rui Rio, após uma reunião da JMP com as diferentes associações envolvidas, bem como a Sonae e Soares da Costa, que integram o consórcio interessado na concessão, que já remeteu uma proposta ao Governo.

Porém, o autarca do Porto separou as águas entre o consórcio e a tomada de posição política da Junta e associações . Rui Rio destacou que o consórcio é fundamental para demonstrar ao Executivo que a região tem capacidade para assumir o desafio, mas explicou que os signatários da carta "não apoiam em concreto a proposta do grupo económico mas um objectivo". Até porque, sublinhou aos jornalistas, "por mais simpatia que haja pela proposta" do consórcio, "não é correcto" definir agora que será o mesmo a ficar com a gestão. "Pode ser negociação directa com este ou um concurso", exemplificou.

Na mesma linha de pensamento, Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, disse, ontem, ao JN, que a tomada de posição "não é a favor" de qualquer empresa. "Somos neutros em relação a grupos económicos", declarou. Mas estes provam, a seu ver, que há capacidade suficiente.


(No Jornal de Notícias em 31-07-2008)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

triporto: Monteirização

Monteirização - Fenónemo recente que consiste em ter um Procurador Geral da Republica que tem como objectivo primordial, não o combate às verdadeiras fraudes (ou às escutas ilegais), mas sim a descredibilização dos membros de investigação sediados no Porto levando-os à sua saída, permitindo assim introduzir nesse organismo lacaios que obedeçam sem levantar muitas ondas...Afinal de contas estamos a falar de um Procurador que forma equipas especiais, que lhes dá poderes para tudo e mais alguma coisa e que depois de ver os responsáveis por essas equipas serem derrotados em tribunal devido à sua incompetência, obriga a que se recorram de todas as decisões...(ahhh...e continuamos sem saber quem anda a incendiar autocarros na capital do Império)...



Responsável do DIAP-Porto bate com a porta

Conflitos ao longo de dois anos com PGR e carreira ditampedido de saída da chefe dos investigadores do MP

Hortênsia Calçada pediu para sair do DIAP do Porto. A procuradora invoca razões de carreira, mas a decisão terá sobretudo a ver com o clima de mal-estar com a PGR. Para a substituir, Pinto Monteiro deverá escolher alguém da sua confiança.

A transferência da procuradora-geral adjunta para o Tribunal da Relação do Porto deverá ficar confirmada amanhã, numa reunião do Conselho Superior do Ministério Público (MP), que deverá confirmar um anteprojecto de movimento anual de magistrados. E é pouco provável que Hortênsia Calçada conclua a comissão de serviço à frente do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do MP do Porto, que só terminaria no próximo ano.

Isto porque a Procuradoria Geral da República (PGR) terá o entendimento de que não pode requisitar a procuradora à Relação do Porto para continuar a dirigir o departamento com quem o procurador-geral, Pinto Monteiro, tem tido piores relações.

De acordo com informações recolhidas pelo JN junto de fontes que lhe são próximas, Hortênsia Calçada, ao pedir a transferência, pretende evitar a hipótese de, no final da comissão de serviço em 2009, ter de ir para a Relação de Évora ou outro tribunal distante, por entretanto ter sido preenchida a vaga ainda existente no MP junto da Relação do Porto.

Só que, na base da decisão, estarão também vários conflitos com a PGR. Começaram em Dezembro de 2006, com o livro de Carolina Salgado e criação da equipa do Apito Dourado, liderada por Maria José Morgado, prosseguiram com a instauração pela PGR de um processo que abrange procuradores do Porto e terminaram com a criação de uma equipa, em Lisboa, para investigar crimes na noite do Porto (ver ficha).

Também com intenção de saída está o procurador conhecido como "número dois" do DIAP do Porto. Almeida Pereira - indigitado há meses para director da PJ-Porto, mas que viria a renunciar ao convite ao perceber que não era do agrado de Pinto Monteiro - pediu a promoção a procurador-geral adjunto e transferência para a Relação de Évora. Porém, como há um ano renunciou à promoção, não é líquido que o CSMP lhe permita a saída do DIAP-Porto.

Com estas saídas no horizonte, Pinto Monteiro fica com o caminho aberto para tentar colocar um nome da sua confiança pessoal à frente do segundo maior DIAP do país, ao qual já por várias vezes impôs a sua vontade por via da autoridade, dando origem a uma "guerra" Lisboa-Porto no MP.

Ao que o JN apurou, vários são os nomes que se perfilaram para suceder a Hortênsia Calçada. O candidato terá de ser aprovado pelo CSMP, mas a votação ainda não está formalmente agendada.

(Por Nuno Maia no "Jornal de Notícias" em 14-07-2008)

domingo, 13 de julho de 2008

triporto: hipócritas + vermes = escumalha...

...futebolisticamente falando...


Conveniência

Há, infelizmente, um limite para a afirmação de convicções no futebol. Válidas apenas enquanto não ameaçam comprometer o equilíbrio de interesses de quem as veicula. Ao longo da última temporada, uma das guerras mais acesas entre dirigentes de clubes teve como antagonistas os presidentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, agudizando-se logo após o jogo entre os dois emblemas na Cidade-Berço. Na altura, apesar do triunfo merecido e incontestado dos encarnados, Luís Filipe Vieira insurgiu-se contra a arbitragem de João Ferreira, afirmou existir viciação de resultados e acabaria por envolver o Vitória de Guimarães - apontando o percurso do irmão do líder vimaranense na Comissão de Arbitragem.

O Benfica discutia então, com o rival minhoto, um dos lugares de acesso à Liga dos Campeões, pelo que a argumentação visava denunciar, uma vez mais, a teia de interesses, o tráfico de influências, nos bastidores do futebol.

Ironia do destino: o Guimarães e o Benfica vêem surgir a oportunidade de acederem (um de forma directa, o outro através da pré-eliminatória) à Liga dos Campeões. Abriu-se o espaço e a conveniência de uma defesa conjunta. O clube da Luz, que veiculara a convicção de um benefício desportivo à margem dos regulamentos, preferiu prescindir dessa estratégia (chamemos-lhe assim) e aliar-se ao clube que acusou para tornar mais consistentes e homogéneas as exposições jurídicas na UEFA com vista ao afastamento do FC Porto da Liga dos Campeões.

"O que hoje é verdade, amanhã é mentira." É a demonstração da validade da expressão de Pimenta Machado. Uma vez que o Campeonato chegara ao fim, o Vitória de Guimarães é mais útil como aliado do que como inimigo, pelo que a peleja deixou de interessar, e a convicção não poderia ser tão sólida assim.

A boa relação entre os dois clubes promete, aliás, frutificar. Está iminente a transferência (regresso) de Nuno Assis para a Cidade-Berço. Mas cristaliza-se a ideia da falta de decência dos dirigentes. Haveria que esclarecer se o presidente do Benfica se equivocou, ou se o líder vimaranense admitiu o seu erro. Sucede que isso deixou de ter qualquer importância. É apenas mais uma mancha.


(Por Carlos Alberto Fernandes no jornal "OJogo" em 13-07-2008)



Benfica e Vitória em conluio na UEFA contra o F.C. Porto

Advogados dos dois clubes transmitem ao tribunal decisões do CJ em documentos iguaizinhos...

Benfica e Vitória de Guimarães, ou os advogados que os representam, não disfarçam a aliança contra o F.C. Porto na UEFA. Os clubes comunicaram ao TAS as decisões do CJ em documentos iguaizinhos, "fac-similados"...

Houvesse necessidade de comprovar a concertação do Benfica e do Vitória de Guimarães na batalha jurídica que travam para expulsarem o F.C. Porto da Liga dos Campeões, a transmissão das decisões do Conselho de Justiça da Federação ao Tribunal Arbitral de Desporto demonstrá-la-ia à evidência. Advogados diferentes, separados por milhares de quilómetros - o do clube da luz em Zurique, na Suíça, e outro, dos minhotos, em Atenas, na Grécia - conseguiram esse feito de telepatia que foi transmitir ao TAS, em documentos diferentes, textos, redigidos em Inglês, iguaizinhos do princípio ao fim, como se fossem "cópia" e "cola".

Gianpaolo Monteneri, advogado do Benfica, e Konstantinos Zemberis, jurista que representa o Vitória de Guimarães, transmitiram a Lucas Ferrer, conselheiro do Tribunal Arbitral de Desporto, as decisões tomadas pelo Conselho de Justiça (CJ), ou pelo que sobrou dele. E sendo que as deliberações tomadas nessa polémica reunião da madrugada do passado dia 5 foram promulgadas (mesmo que o Boavista e Jorge Nuno Pinto da Costa terem interposto recurso para o Tribunal Administrativo e de o próprio presidente do órgão deliberativo as contestar), a Federação também tratou de as fazer chegar às partes interessadas, incluindo a UEFA.

Notificados dessas decisões, que contestam, Pinto da Costa e o F.C. Porto não tiveram, contudo, conhecimento oficial do envio das deliberações do CJ à UEFA. "Pelas informações que temos em nossa posse, a Federação Portuguesa de Futebol já notificou, oficialmente, a UEFA sobre a conclusão desses processos", lê-se nas comunicações ao TAS por parte advogados Monteneri e Zemberis, que não especificam a fonte das informações recolhidas. Daqui também se depreende que estes advogados só têm conhecimento oficioso da polémica "segunda acta", enviada à UEFA pelos serviços jurídicos da FPF.

Seja como for, alegando e "considerando as excepcionais circuntâncias", os advogados do Benfica e do Vitória de Guimarães solicitaram ao TAS que admita as decisões do CJ como novo elemento de prova de trânsito em julgado do processo movido ao presidente do F.C. Porto no âmbito do "Apito Final".

Benfica e Vitória reclamam ao TAS que anule a decisão do Comité de Apelo da UEFA de reintegrar o F. C. Porto na Liga dos Campeões. A audiência no tribunal sediado em Lausanne está marcada para depois de amanhã e também terá a presença dos advogados que patrocinam a defesa do F. C. Porto. A sentença é na terça-feira.

Contactado pelo JN, Antonio Rigozzi, causídico suíço que defendeu o F.C. Porto na primeira instância da UEFA, estará nessa audiência, convicto de que os dragões sairão a sorrir. "A razão está do lado do F. C. Porto. Acredito que a decisão do TAS será favorável ao F. C. Porto".


(Por Almiro Ferreira no "Jornal de Notícias" em 12-07-2008)



triporto:Para mais esclarecimentos sobre esta nojenta aliança, por favor visitar o excelente blogue Renovar o Porto com excelentes e reveladoras informações sobre o assunto...