quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Povo? Ou o que resta dele?

Do Povo não se espere nunca coisa alguma. Neste País foi sempre o Poder que convidou com cravos ou sem eles o Povo para as mudanças. Quando o Norte entender congregar os seus filhos para a emancipação, quando os filhos do Norte entenderem que não é tornando-se filhos de uma outra coisa qualquer(*), e os Nortenhos acordarem em dizer BASTA, aí o quadro a que assistimos hoje terá tendência para melhorar. Assistimos impotentes aos processos de "lobotomia" a que sujeitam este Povo, sempre expectante nos noticiários à espera que alguém os ajude a ter opinião na hora seguinte. Quando colocados perante questões da mais diversa índole é certo e sabido que a maioria das suas respostas tende a reflectir as sondagens que o poder instalado encomendou aos servidores do costume em vésperas de decisão. Todos sabemos que a excelsa democracia em que vivemos é aqui como em qualquer outro sítio é à partida, um jogo viciado.

Não exijamos mais ao Povo. Depositemos esperança no que resta dele.

Também já me fartei das expressões "lá para o Norte", "os Nortenhos", "o bom Povo do Norte" (lembram-se?) e outras que apenas reflectem desprezo, ignomínia, secundarização. Estou farto de ser nortenho. Já é tempo de ser NORTISTA. E no futuro um "YANKEE" à moda do Norte.

(*) Centralismo

Cumprimentos.
Guilherme Olaio

triporto: isto é um excerto de uma troca de argumentos bastante interessante que se desenrola actualmente no blogue A Baixa do Porto .

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