Há demasiado centralismo em Portugal que é bem mais grave que propriamente o montante global da despesa em função do PIB, ou seja, o problema maior é que há uma má distribuição regional da despesa pública. É aqui que urge revisitar o conceito de regionalização como uma fórmula administrativa para reformar o Estado.
Em três anos (2003 a 2005) a despesa total movimentada pelos gabinetes do Governo atingiu o valor de 12,8 mil milhões de euros, sendo que só as despesas de funcionamento (aquelas que permitem que os ministérios trabalhem no seu dia-a-dia) totalizaram 216,3 milhões de euros. Só para se ter uma ideia, os gastos dos ministérios davam para construir três aeroportos da Ota e uma dezena de pontes iguais à Vasco da Gama.
Estamos a falar em despesas que dizem respeito a ordenados com assessores, chefes de gabinete, pagamento de pareceres e contratação de especialistas.
Há, sem dúvida demasiado centralismo em Portugal que faz com que seja urgente revisitar o conceito de regionalização como uma fórmula administrativa para reformar o Estado.
(Por Antonio Almeida Felizes no blogue "http://regioes.blogspot.com/" em 11-12-2007)
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