Por Paulo Baldaia, no "Jornal de Noticías" de 15-09-2007
Como a vida não nos corre bem, optámos por viver em telenovela. No ar há vários meses, "Maddie" continua a ser a preferida dos portugueses, mas a estreia de "O sargentão" foi um sucesso, liderando no 'prime-time'.
Ainda em cena, com uma estreia auspiciosa em 2005, "O défice" saiu do 'top ten', mas é provável que em Outubro esta novela volte, temporariamente, aos primeiros lugares das audiências. Estão no ar também as novelas "O desemprego", "Saúde", "Educação", "Corrupção" e "Todos os outros crimes", mas, por agora, com audiências baixas. As novelas da vida real são como as outras. Toda a gente sabe como vão acabar.
Em primeiríssima mão, qualquer um podia escrever o final de "O sargentão". A Federação e a UEFA, cuja liderança Madaíl apoiou, aplicará um castigo "severo" de vários meses, mas que permitirá ao 'mister' orientar Portugal no Europeu - se lá chegarmos.
Os portugueses aplaudirão de pé e bandeiras nas janelas - principalmente em Lisboa - a manutenção de Scolari. Até porque o "Record" - num fabuloso exercício jornalístico - resumiu tudo a uma manchete "Pinto da Costa quer pôr Scolari na rua". Benfiquistas de todo o mundo uni-vos. Scolari tem de ficar!
É mau de mais para ser verdade. Depois da triste cena, Scolari ainda acaba comparado à padeira de Aljubarrota. Ele até só quis defender o "menino Quaresma" - qual cigano Kosovar a fugir do perigoso sérvio.
P.S. Quaresma não tem nada a ver com este filme. Só lá foi metido por um "sargentão" que acha que o general Pinochet "pode ter feito uma retaliaçãozinha aqui e ali. Mas fez mais do que não fez".
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