terça-feira, 16 de setembro de 2008

Associação de cidadãos -actualização

No seguimento desta excelente iniciativa protagonizada por Alexandre Ferreira venho aqui dar conta da reportagem inserida no Público sobre o tema.

Dou os meus sinceros parabéns a todos aqueles que estiveram presentes, a todos aqueles que não puderam estar presentes mas apoiam este tipo de iniciativas (eu incluido), e em particular ao mentor da iniciativa, Alexandre Ferreira.

Fiquei também feliz ao ver referências na notícia a dois blogues,
A Baixa do Porto e Renovar o Porto, que desde a 1ª hora fizeram parte do triporto (ex - "centralismo da capital do Império") e que foram fonte de inspiração (assim como outros) para a criação do mesmo bem como fonte actualizada de notícias que se englobam no âmbito deste blogue. Por isso os meus parabéns a todos e como diz o outro "Porreiro pá!!!"




Cidadãos querem criar associação cívica metropolitana ou, no mínimo, uma federação de bloggers do Porto

Não chegaram a aprofundar as questões que os preocupam nem sequer chegaram a um consenso sobre o tipo de entidade que pretendem constituir. A primeira reunião da denominada Associação de Cidadãos do Porto reuniu cerca de duas dezenas de pessoas, anteontem à noite, no Clube Literário do Porto.

O encontro foi convocado por um jovem arquitecto do Porto, Alexandre Ferreira, através de um post que colocou no blogue A Baixa do Porto (http://www.porto.taf.net/). " Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada", escreveu o mentor do projecto a 13 de Agosto em A Baixa do Porto.

No final do encontro, em que se afloraram temas como a regionalização ou a gestão do aeroporto Sá Carneiro, Alexandre Ferreira dizia-se satisfeito, apesar do número reduzido de cidadãos que se mobilizou. "Acho que isto tem pernas para andar, provavelmente como grupo de debate, no início, mas, depois, já como uma associação, movimento ou algo parecido", disse ao PÚBLICO. "O imobilismo e a passividade têm de acabar", afirmou Alexandre Ferreira, referindo-se ao descontentamento de muitos portuenses que diz sentirem-se prejudicados pelo poder central. "O nosso objectivo é defender a cidade", enfatizou.

"Nós estamos a viver pior, para que o núcleo central, em Lisboa, viva melhor", lamentou Rui Farinas, colaborador do blogue Renovar o Porto que se mostrou disponível para ajudar "naquilo que for possível".

Rui Moreira desejado

Para Alexandre Ferreira, a reunião foi apenas um primeiro passo. Agora, o objectivo é reunir mais apoios: "Queremos alargar a base, com muita gente, transversal a idades e estratos sociais", assumiu. Alguns dos presentes advertiram que, para ter sucesso, o movimento precisará do apoio de personalidades com peso mediático.

Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, foi o nome mais citado. Falou-se da necessidade de uma gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro - com uma base da Ryanair -, de regionalizar o país, de salvar o Boavista... Mas não se chegou a posições definitivas. Combinou-se nova reunião, em data e local a definir.

"Tenho expectativas de que possamos ser um embrião capaz de defender a região e criar pressão junto dos órgãos dirigentes", resumiu Alexandre Ferreira.Quase todos os presentes eram bloggers e, a certa altura, surgiu a ideia de dar o nome Federação de Blogues Portuenses ao grupo. A designação não reuniu consenso e a questão ficou para futuros encontros. "Pode ser uma associação, um movimento, isso discutimos depois", afirmou Alexandre Ferreira.

O projecto é regionalista e propõe-se defender os interesses da Área Metropolitana do Porto.

Fonte: Público.pt

4 comentários:

Anónimo disse...

Porto Canal comemorou 2 anos

Espero que este primeiro projecto de um canal regional sobreviva e, aos poucos, continue a consolidar-se.

No país mais centralista da Europa, é uma lufada de ar fresco haver um canal que não está sujeito aos ditames de perspectiva e opinião impostos pela "ditadura da capital".

29 de Setembro de 2008 19:51

Anónimo disse...

Aparelho socialista do Norte, tenham tomates! não se acobardem...defendam a vossa Região


Metro


Depois de concluída a primeira fase com o sucesso que todos conhecemos, em 21 de Maio de 2007, o Ministro Mário Lino assinou, com a Junta Metropolitana do Porto (JMP), um acordo para a expansão do Metro. Na presença do Primeiro-Ministro, José Sócrates!
O Governo dizia, então, que para pagar essa expansão, tinha de ter a maioria da empresa e nomear os seus homens para a administração. Por isso, nesse acordo, a JMP cedeu à exigência do Governo e, por troca, conseguiu um conjunto de novas linhas de Metro.
Em Junho de 2008, o acordo entra em incumprimento e, em Outubro, o mesmo Mário Lino apresenta-se no Porto dizendo que jamais irá cumprir o que assinou. "Jamé"!
Não o diz frontalmente! Usa o método que habitualmente se usa em política para aldrabar o parolo e a própria comunicação social: distribui um conjunto de fotocópias e promete fazer uma infinidade de novas linhas, entre 2018 e 2022.

Em conclusão:
O Governo não cumpre com o que acordou, por escrito! Prepara-se para não fazer nada! E goza com o Norte, aproveitando-se de alguns patetas que – clubisticamente – estão sempre prontos para lhe bater palmas por tudo o que for preciso. É o que temos! A Norte e a Sul.



"No tempo em que os homens tinham honra, um simples aperto de mão era o suficiente para selar um acordo. Hoje, nem a assinatura de um ministro, na presença do primeiro-ministro.

Infelizmente, não tem faltado quem, aqui no Norte, tenha batido palmas a esta falta de respeito e de palavra. Acho, no entanto, que não é difícil de perceber que só nos tratam desta maneira, precisamente, porque também há cá gente que, comportando-se servilmente, não se dá, ela própria, ao respeito.

Defender os interesses das populações que nos elegem não é berrar demagogicamente contra Lisboa a toda a hora e a todo o momento. Defender os interesses do Porto é nunca pactuar com quem ousar tratá-lo de forma desadequada ao respeito que lhe é devido".


Mário Rui Cruz
Blog BUSSOLA

Anónimo disse...

Se não fossem os jornalistas.....


Lisboagate: Câmara de Lisboa dá 3200 casas por cunha
........ninguém saberia desta pouca vergonha, ficaria tudo escondido para alguns enquanto o Povão cá fora empenha-se por toda a vida para ter uma casa.

O que fizeram Abecassis, Sampaio, Soares, Santana e Carmona para resolverem essas injustiças depois de tomarem posse?

Depois, na televisão e nos jornais, vemos esses senhores comentar como símbolos da transparência e das boas práticas...

Infelizmente, isto não acontece só em Lisboa espalha-se por todo o País!!!

Mas infelizmente isso já não tem nada de admirável aliás até é uma prática normal, pois o nosso regime é claramente um regime gerido por cunhas, onde se obtém altos cargos ou regalias, não pelo trabalho ou mérito. Mas sim através de amizades, para arranjar-se um bom tacho basta se pertencer a alguma juventude socialista ou social-democrata que serás bem tratadinho e terás um bom tacho, enquanto o país é mergulhado numa crise de todos os níveis, desde crise económica à crise de valores.

A Câmara de Lisboa atribuiu 3.200 casas por cunha, segundo a edição deste sábado do Expresso. Em causa estão moradias, palácios, lojas ou apartamentos dados à Câmara Municipal de Lisboa como contrapartida de benefícios atribuídos a cooperativas de habitação. Segundo o semanário, o esquema existe há mais de 30 anos e contemplou amigos, artistas, jornalistas, familiares, entre outros. O Expresso revela ainda que “tem sido o vereador da Habitação, ou os seus serviços — quando não o próprio presidente da Câmara —, a conceder aquelas habitações de forma directa”. A média das rendas cobradas é de 35,48 euros, mas desconhece-se a percentagem das que são pagas. Estas casas fazem, segundo o Expresso, parte do chamado Património Disperso e, segundo um estudo da Universidade Lusófona, “a CML não sabia, nem sabe, do que é dona”.


Mário Rui Cruz
Blog Bussola

Anónimo disse...

Segunda-feira, Novembro 10, 2008
MUITO ANTES DA PONTE DA ARRÁBIDA...


Época de 39/40. Enquadramento - o F. C. Porto tinha ficado em terceiro lugar no regional, mas participou no campeonato por causa de uma manobra administrativa. A Federação Portuguesa de Futebol fez o alargamento à pressa, as portas abriram-se. Os portistas foram campeões e estiveram quase a consegui-lo sem derrotas, mas, a 21 de Abril de 1940, perderam no Lumiar. O Sporting venceu por 4-3 com o golo da vitória a ser marcado a 20 segundos do fim. Ângelo César, o presidente da altura, já reclamava os privilégios dos clubes de Lisboa. Na equipa distinguiam-se os croatas Petrak e Kordrnya

Depois de ter conquistado os campeonatos de 38/39 e 39/40, o FC Porto sonhava, pela primeira vez, com o seu terceiro título consecutivo. Mas já na época do "bi" a prova teve que ser alargada de forma a repor a "justiça", após uma decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) contrária à da Associação de Futebol do Porto, que colocava o Leixões no "Nacional", em detrimento dos (campeões) portistas. A ilógica da determinação federativa era tal que a formação de Matosinhos recusou o lugar, alegando que a equipa que deveria estar por direito na fase final era o FC Porto. E o FC Porto, com Mihaly Siska no comando técnico, provou então, que era a melhor equipa nacional Na temporada de 40/41, a FPF radicalizou as suas acções de forma serem mais eficazes. Angelo César, presidente do FC Porto, utilizava, naquela altura um discurso (idêntico àquele que viria a ser retomado por Pinto da Costa) contra os poderes instituídos em Lisboa, contra as arbitragens que prejudicavam constantemente as equipas do Norte favorecendo, por outro lado, as do Sul. E quando se levantou a grande polémica que marcou a época de 39/40, Angelo César clamava por justiça, mais do que nunca. Para não voltarem a ser incomodados e ainda, por cima, obrigados conceder-lhe razão, os senhores da FPF irradiaram o presidente portista. Os portistas elegiam simbmente Angelo César para presidente da Assembleia Geral, mas o grito de revolta ecoava por toda a cidade. Por coincidência (?), desde que a voz incómoda de César foi amordaçada, começaram então as arbitragens que de forma descarada prejudicavam sucessivamente o FC Porto, como se pode constatar na consulta de qualquer jornal da época. Logo no primeiro jogo entre os "grandes", o Sporting recebeu os portistas e ganhou por concludente 5-1. Como se não bastasse o resultado ser tão desequilibrado, o sportinguista João Cruz lesionou gravemente o guarda-redes portista, Bela Andrasik, que foi evacuado para o Hospital de São José. Henrique Rosa, o homem que de negro vestido, pintou a sua actuação de verde e branco, encarregou-se de consentir o terceiro golo na sequência de um fora de jogo claríssimo e validou o quarto tento, quando o guardião Andrasik se contorcia com dores no chão, graças a duas fracturas nos ossos da face, depois da agressão de João Cruz.
A guerra Norte-Sul adensou-se ainda mais quando Carlos Pereira, a meio da época, optava por jogar no Unidos FC, um clube de Lisboa que lhe ofereceu o dobro do vencimento que auferia no FC Porto e ainda 30 contos de "luvas". A equipa portista, sempre comandada por Siska, ainda conseguiria fechar o campeonato com uma vitória de 5-2 sobre o Benfica, mas a derrota consentida no Lima, ante o Sporting tinha-a já atirado irremediavelmente para fora da rota do "tri", naquele em que seria mais tarde recordado como o ano em que os árbitros viraram "anjos negros".
Bolanaarea