quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Intervenção ou Morte

Ao ver o programa Prós e Contras confirmei o que há muito suspeitava. Portugal neste momento vai do Algarve a Leiria, com colónias acima do Mondego, Açores e Madeira. Do Governo, passando pela comunicação social, passando pelos técnicos que determinam as opções estratégicas (todos do IST), todo este grupo apenas se interessa por desenvolver e fomentar dinâmicas no "seu" Portugal, que não é o nosso. Se depois de a região a Norte do Mondego passar por uma crise gravíssima e mesmo assim o Governo central despreza e tantas vezes entrava qualquer tipo de reacção ou iniciativa, chegou o momento de colocarmos a questão:

Interessa-nos entregar a esta gente as decisões fundamentais, partilhar o nosso espaço, o nosso dinheiro e sobretudo o NOSSO FUTURO?

A pergunta é mais pertinente do que nunca, pois as opções estratégicas que estão a ser tomadas agora vão desequilibrar a balança ainda mais e tornar um deserto toda a região acima do Mondego. Convém não cair em ilusões, pois todos seremos ainda mais prejudicados, desde o jovem à procura do primeiro emprego que terá que se deslocar, até ao empresário que quer desenvolver a sua actividade e terá condicionalismos e constrangimentos que irão impedir o seu negócio de atingir o seu potencial (para os mais cépticos, recordar a OPA Sonae-PT e lembrar como estar longe do poder central e respectiva área de influência contraria qualquer critério económico).

Por isso, se se assumem como pessoas que querem viver, trabalhar e construir o futuro no vosso espaço vital, sem ter de ceder a imposições de terceiros, chegou o momento da escolha: ou congregamos esforços de uma forma organizada, visível e intensa, sob a forma de partido/movimento, ou definharemos envergonhadamente, transformando-nos numa caricatura triste e decadente.


(Por Alexandre Rodrigues na "A baixa do Porto" em 15-01-2008)

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