UEFA repreende advogado do Guimarães
A UEFA notificou, ontem, Gonçalo Gama Lobo, advogado do Vitória de Guimarães, no sentido de o causídico não enviar mais documentos sobre o processo no qual os vimaranenses reclamam a entrada directa na Liga dos Campeões, em detrimento do F. C. Porto.
A missiva dá conta da mesma mensagem já ter sido expressa, em comunicado interno, a 16 de Julho, no entanto, o advogado do clube minhoto continuou a mandar mais documentação, negando ter recebido qualquer comunicação no sentido contrário. "Desconheço essa carta de 16 de Julho", explica, ao JN
Por isso, desde essa data, o advogado enviou à UEFA partes do parecer jurídico de Freitas do Amaral sobre as deliberações do Conselho de Justiça, o comunicado de Gilberto Madail, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, assim como o próprio comunicado do órgão federativo, dando conta da suspensão do presidente Pinto da Costa por um período de dois anos. Mas a UEFA pediu ao causídico para não dirigir mais elementos sobre o processo, pois o organismo que tutela o futebol europeu não vai tomar nenhuma acção disciplinar até o TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) enviar as suas deliberações à UEFA. Neste capítulo, a mais alta instância jurídico-desportiva já tinha confirmado a decisão do Comité de Apelo, no sentido de manter o F. C. Porto na próxima edição da Liga dos Campeões, mantendo-se o actual quadro competitivo com o Vitória de Guimarães a disputar a pré-eliminatória da prova - o sorteio está agendado para hoje - e o Benfica, que também reivindicava a Champions, irá disputar a Taça UEFA
Documentos de nada valem
Na notificação da UEFA enviada ontem, com o conhecimento do F. C. Porto e do Benfica, o organismo também explica que "a correspondência enviada" pelos vimaranenses, "sem qualquer pedido do Comité de Controlo e Disciplina", como foi o caso, "não terá qualquer efeito" no processo
O organismo só irá ouvir as tomadas de posição do Vitória de Guimarães quando convocar o advogado Gonçalo Gama Lobo, naquilo que pode ser interpretado como um conselho ao causídico: "Convidámo-lo a guardar para si as opiniões legais sobre a resolução do processo, enquanto não for chamado para isso".
(No Jornal de Notícias em 1-08-2008)
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