triporto
Espaço de defesa de vários interesses do autor do blogue: Porto, FC Porto, Grande Porto, Região Norte de Portugal e denúncias constantes de um tema que afecta gravemente o país a todos os níveis, o eterno “centralismo da capital do Império”… Todos os "copy-paste" que aqui fizer reflectem as opiniões que tenho sobre os variados assuntos e quaisquer contribuições serão bem-vindas. Criticas, reclamações e insultos também são permitidos, desde que escritos em caracteres chineses...
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Está feito!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
terça-feira, 29 de junho de 2010
El Capitan
"Gostava de terminar no FC Porto"
As quatro épocas que passou no FC Porto marcaram decididamente Lucho. O argentino saiu há um ano, rumo ao Marselha, mas não esqueceu o clube, os dirigentes, os adeptos e também a cidade. Tanto assim que terminar a carreira no Dragão é uma hipótese que El Comandante pondera seriamente. A revelação foi feita na Argentina, num programa de rádio, quando analisava as condições para um eventual regresso ao seu país. "Tenho as melhores recordações do FC Porto, um clube no qual vivi momentos inesquecíveis, criando-se uma ligação muito importante com os adeptos e os dirigentes. Sei que no FC Porto tenho a porta aberta para regressar em qualquer momento e não descarto essa hipótese", disse Lucho na Rádio La Red, entrevistado para o programa "100 por cento River".
Além da ligação afectiva ao FC Porto, o internacional argentino criou raízes na cidade nortenha, onde mantém residência, de resto. "É um lugar muito bonito. Gosto da cidade, do clube, de tudo. Talvez tenha a oportunidade de acabar a carreira com a camisola do FC Porto", insistiu Lucho. Antes, dera alguns argumentos que podem inviabilizar o fim da carreira no seu país. "Há muitos aspectos que se questionam na hora de voltar à Argentina. Não é apenas a questão afectiva, de estar perto da família e dos amigos, mas também a parte desportiva e a qualidade de vida que podemos ter em outro lugar. Por isso, não é fácil aos clubes argentinos conseguirem repatriar jogadores. É evidente que sempre se pensa nos clubes em que jogámos e por vezes imaginamos o regresso. No meu caso, tenho as melhores recordações do Huracán e do River Plate e seria bom regressar. No entanto, resta-me cumprir mais três anos de contrato em França", explicou. De seguida, falou então na hipótese de terminar a carreira no FC Porto. Ora, neste momento Lucho tem 29 anos e restam-lhe mais três anos de contrato com o Marselha. Ou seja, tem contrato até aos 32 anos, uma idade que ainda possibilita jogar ao mais alto nível.
A saída de Lucho para o Marselha teve contornos curiosos. Com 28 anos, e depois de ter dito numa entrevista a O JOGO que pensava mesmo terminar a carreira no FC Porto, o clube francês interessou-se pelo médio argentino. Como Lucho não queria sair, e a SAD não estava muito interessada em vender o seu passe, os dirigentes do Marselha perguntaram ao jogador quanto queria ganhar. Lucho pensou e atirou com um número elevadíssimo, de maneira a que os franceses perdessem o interesse. O resto da história é conhecida. O Marselha aceitou pagar a tal verba - 4,3 milhões de euros por quatro anos de contrato, o que dá um salário mensal de 358 mil euros - e negociou com o FC Porto, apresentando uma proposta de 18 milhões de euros (mais bónus por objectivos), praticamente irrecusável devido à idade do jogador. E Lucho ficou a ser o terceiro jogador mais bem pago de França.
Jornal "O Jogo" de 28-06-2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
O Incompetente (ou talvez não) - parte II
Pedro Bento passou do gabinete do secretário de Estado Paulo Campos para a empresa pública que gere o sistema de portagens nas autoestradas. E já este ano transitou para a empresa fornecedora dos mecanismos de pagamento nas SCUT.
O único administrador executivo nomeado em outubro de 2009 para a sociedade pública lançada pelo Governo para autorizar, gerir e fiscalizar todo o sistema de chips de matrículas e de portagens exclusivamente eletrónicas nas SCUT tornou-se, em março deste ano, responsável máximo em Portugal da Q-Free ASA, o fabricante norueguês que forneceu os equipamentos aprovados e instalados nos pórticos das três concessões de autoestrada em causa e que vai fornecer também os aparelhos identificadores (ou chips de matrículas) que os automobilistas terão obrigatoriamente de usar para poder circular naquelas vias.
Pedro Bento, de 34 anos, foi assessor do secretário de Estado adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, entre 2008 e 2009, antes ser nomeado em outubro do ano passado administrador executivo da então recém-criada SIEV - Sistema de Identificação Electrónica de Veículos S.A., num conselho de administração para onde foram nomeados mais dois administradores, mas ambos sem funções executivas (Alberto Moreno, presidente do Instituto das Infra-Estruturas Rodoviárias, e Jorge Silva, vogal da administração do IMTT.
Licenciado em gestão pela Academia da Força Aérea e com um MBA feito no ISEG, segundo o que o próprio escreveu no seu perfil público da rede profissional LinkedIn , Pedro Bento manteve-se até 2006 nas Forças Armadas, onde foi capitão. Depois foi senior associate da consultora internacional PricewaterhouseCoopers, antes de ir para o gabinete do secretário de Estado, em 2008, até ser nomeado administrador executivo da SIEV.
Em janeiro, apenas quatro meses depois, abandonou o cargo para uma "licença sabática" de três meses (ainda segundo o perfil público), e em março entrou em funções na Q-Free como country manager para Portugal. Na SIEV, onde tinha um salário bruto de 6.256 euros, não foi substituído.
Q-Free em todas as frentes
O site internacional da Q-Free revela que a empresa foi contratada em agosto de 2009 pelo grupo da Euroscut Norte, concessionária da SCUT do Litoral Norte, para fornecer a tecnologia Multi Lane Free Flow nos pórticos da autoestrada que permite a deteção dos chips de matrículas (ou identificadores eletrónicos) sem que os automóveis tenham de abrandar.
A 23 de janeiro de 2010, a Q-Free foi igualmente contratada pela Ascendi, a concessionárias das SCUT do Grande Porto e da Costa de Prata, para instalar a mesma tecnologia, incluindo o Road Side Equipment (pórticos) e todo o back office operacional que permite cobrar portagens a partir desta semana.
A Q-Free, ainda de acordo com o site oficial, forneceu desde 1995 todos os 2,4 milhões de identificadores que são usados pelos clientes da Via Verde. E em maio acordou com a Via Verde, o único grossista atualmente autorizado a distribuir os chips de matrícula em Portugal, uma nova encomenda de aparelhos no valor de dois milhões de euros - que começarão a ser entregues a partir de agosto aos utentes que estão a fazer reservas.
Além da Q-Free, há mais duas empresas internacionais que fabricam equipamentos similares, a Efkom e a Kapsch. Os dispositivos da Q-Free e da Kapsch estão ambos autorizados, segundo o gabinete do secretário de Estado das Obras Públicas, para poderem ser usados nas portagens e como matrículas eletrónicas.
O Expresso contactou as duas empresas no início da semana, mas até agora não obteve respostas. Por mais de uma vez, Pedro Bento não se mostrou disponível para falar. Já o secretário de Estado das Obras Públicas desconhece a evolução profissional do ex-assessor. "Não existindo, como não existe, qualquer impedimento ou incompatibilidade legal, essa matéria é do foro ético e pessoal de cada um, pelo que não tenho qualquer comentário a fazer", diz Paulo Campos.
Texto publicado no 1.º caderno da edição do Expresso de 26 de junho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
"INCOMPETENTE"
"O Dr. Paulo Campos é incompetente".
Celso Ferreira, Presidente da Camara Municipal de Paredes num debate sobre a introdução das portagens nas SCUTS nortenhas, no "Porto Canal" a 20 de Junho de 2010.
SECRETÁRIO DE ESTADO ADJUNTO DAS OBRAS PUBLICAS E COMUNICAÇÕES
Paulo Jorge Oliveira Ribeiro de Campos
Nasceu em Coimbra em 7 de Abril de 1965, é casado e tem 3 filhos.
Habilitações
Licenciatura em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.
Funções Governamentais
Desde 31 de Outubro de 2009 – Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações do XVIII Governo Constitucional
2005-2009 – Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações do XVII Governo Constitucional
Experiência Profissional
1996-2005 Administrador de diversas empresas do Grupo Águas de Portugal nomeadamente:
2001-2005 Águas do Sado, S.A. - Presidente do Conselho de Administração
2000-2005 AdC - Águas de Cascais, S.A.- Presidente do Conselho de Administração
1996-2002 AdP-Águas de Portugal, SGPS, S.A. - Administrador responsável, no Grupo, pela área de estratégia e de desenvolvimento empresarial, pela área financeira, pela área de actividades de suporte e pela Unidade de Negócio de Distribuição de Água.
2001-2002 AdP - Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A. - Administrador e Presidente da Comissão Executiva;
Luságua – Gestão de Águas, S.A. - Presidente do Conselho de Administração;
AdP - Águas de Portugal Internacional – Serviços Ambientais, S.A. - Administrador;
NetAqua – Tecnologias de Informação, S.A. - Administrador;
2000-2002 Simlis - Saneamento Integrado dos Municípios do Lis, S.A. - Presidente do Conselho de Administração;
IPE – Comunicações e Serviços, S.A. - Administrador;
1997-2002 Aquapor-Serviços, S.A. - Presidente do Conselho de Administração Administrador (1997/2001);
Simria - Saneamento Integrado dos Municípios da Ria, S.A. - Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva
1994-1996 IPE Capital-Sociedade de Capital de Risco, S.A. - Gestor de Projectos - Coordenador área Infraestruturas/Ambiente, Gestor de Marketing
1991-1993 UNICAR-Gestão de Participações e Concessões, Lda. - Director e Gerente
1989-1991 IPE-Investimentos e Participações Empresariais, S.A. - Técnico
Outras Actividades
Vice-presidente do Conselho Directivo da APDA – Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas e Presidente da Comissão Organizadora do Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento, ENEG 2003.
Coordenador de Edição da Revista “Nova Economia”.
Foi eleito por diversas vezes para cargos de direcção do movimento associativo, nomeadamente:
Presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa;
Presidente da Federação Académica da Universidade Nova de Lisboa;
Presidente da Associação Académica de Lisboa.
Foi responsável pela criação de diversos eventos e instituições de carácter cultural.
Obteve o 2º e 5º lugar na final do jogo “Gestão 89 e 90”.
Nota do triporto: Cerca de um ano depois, volto a reabrir as portas deste blogue. Os motivos para esta paragem pouco importam neste momento.
Vamos à luta!
domingo, 14 de junho de 2009
triporto: Considerações...
Inicio já por dar os parabéns pelo novo site do meu clube, mais fresco, mais apelativo, digno de um grande campeão, digno do melhor clube deste país.
Sobre as ultimas eleições europeias, que de europeias tiveram pouco pois o interesse foi mais o de lavar roupa suja, e sobre as quais tomei a opção de votar em branco porque para mim a cambada é toda igual, desde a extremista esquerda até à mais ridícula da direita, tenho a dizer o seguinte: Mais uma vez se prova que a nossa classe politica é muita fraca; mais uma vez os socialistas escolhem mal um candidato (como já o tinham feito quando puseram Assis contra Rio há 4 anos atrás), pois o insosso e ex-comunista Vital revelou-se fraco de ideias e argumentos, e finalmente, mais uma vez se prova (e repetindo o meu argumento inicial), que esta classe politica é mesmo muito fraquinha pois mesmo com uma abstenção acima dos 60%, não tiveram a coerência (no mínimo) de fazerem uma introspecção ao facto de tal ter sucedido, limitando-se a repetir a mesma mer** de discurso sempre que o partido no poder perde votos...o famoso "FOI UMA DERROTA DESTE GOVERNO...BLA...BLA...BLA..."
E para todos aqueles que consideram o voto em branco um desperdício, a minha resposta é a palavra "direito": direito de votar, direito de não escolher ninguém no voto = forma de protesto cívico ( e que se fosse usada por muitos mais talvez surtisse mais efeito na maioria dos "tachistas" que pululam na politica e mais concretamente em lisboa, esse famoso "antro" de decisões nacionais)...
Entretanto e mudando para assuntos mais interessantes, falemos sobre o Metro do Porto, o que diga-se de passagem é denominação que assenta que nem uma luva nesse meio de transporte que circula na CIDADE DO PORTO...e volto a repetir, apenas na cidade do Porto. Em Matosinhos, Gaia, Maia, não é metro mas sim uma espécie de eléctrico rápido ou lá como o queiram apelidar. Só quem nunca visitou outras cidades deste mundo com uma verdadeira rede de metro subterrâneo é que podem apelidar de "metro" estes veículos que circulam à superfície e que fazem "maravilhas" como por exemplo condicionar o tráfego automóvel e circular a velocidades ridículas como se vê nas cidades à volta do Porto, em que aí sim, se pode considerar que temos um metro pois exceptuando a estupidez que foi pô-lo a circular à superfície junto ao S.João, tudo o resto não interfere com o transito de pessoas e outros veículos. Por isso discutir se o metro passa aqui ou ali, embora relevante, perde todo o sentido se o fizerem passar à superfície. Se o problema é dinheiro então mais vale estarem quietos porque fazer para desenrascar e no futuro complicar não é solução!
E não me vou alongar muito mais pois se fosse a falar do sistema implementado para os bilhetes (ridículo) e o preço (vergonhoso) quando comparado com outros metros europeus, incluindo o da capital do Império, então nunca mais saía daqui...
Fico por aqui para já, prometendo voltar à carga num próximo episódio...
domingo, 24 de maio de 2009
triporto: A 4 DE JUNHO DE 2009...
quarta-feira, 18 de março de 2009
triporto: Que maravilha!!!
sexta-feira, 13 de março de 2009
triporto: Estranho era se tivesse algo de jeito para dizer...
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, escusou-se a tomar posição sobre o futuro modelo de gestão do Aeroporto Sá Carneiro, frisando apenas que defende aquele que for "mais eficaz".
"Não sou capaz de dizer qual o benefício da gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro", afirmou Ferreira Leite, alegando não ter conhecimento de estudos que lhe permitam tomar uma posição sobre o assunto.
"Sou a favor de tudo o que tenha resultados mais positivos e seja mais eficaz", afirmou a líder social-democrata, em resposta a uma pergunta directa sobre qual o modelo de gestão que defende para o aeroporto nortenho.
Manuela Ferreira Leite, que falava num debate promovido pelo Clube da Via Norte, admitiu poder vir a defender uma gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro se as vantagens desse modelo vierem a ser demonstradas.
A gestão autónoma do Aeroporto do Porto tem vindo a ser defendida por várias personalidades e instituições da região norte, lideradas pela Junta Metropolitana do Porto, que é presidida por Rui Rio, vice-presidente de Manuela Ferreira Leite na direcção do PSD.
(No "Jornal de Notícias" em 12-03-2009)
triporto: Relembro mais uma vez as declarações que esta personagem do centralismo puro e duro fez há uns tempos atrás:
"Pessoalmente sou absolutamente contra a regionalização"
"(...)não será sob a minha liderança que o partido será conduzido nessa aventura".
É preciso dizer mais alguma coisa...?
domingo, 8 de março de 2009
triporto: ACTUALIZAÇÃO
«São 10 finais e temos que as ganhar todas», Di María (Lusa, 6-03-2009)
Para quem não sabe, o Di Larilas é um jogador desse colosso avermelhado chamado benfica.
Ora bem, há poucos minutos atrás este clube saiu vitorioso de um jogo contra a Naval em que o golo da vitória foi precedido de uma falta inexistente (o árbitro viu uma mão em vez de uma bola na cara)...
Por isso venho aqui actualizar esta citação:
"SÃO 10 ROUBOS E TEMOS QUE OS CONSEGUIR TODOS"
Já só faltam 9...
sábado, 24 de janeiro de 2009
triporto: A voz do dono
triporto: E ainda há quem me critique por votar em branco nas legislativas...da minha "xupeta" esta gente não há-de mamar! O que mais me revolta é serem nomeados pelo "circulo do Porto" quando o que a maioria deles quer é ir passear para Lisboa à procura de tachos...
triporto: Há coisas fantásticas não há?
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
triporto: O glorioso
Há poucos minutos o clube mais querido de muitos portugueses, na sua maioria ressabiados, frustrados e saudosistas dos tempos áureos da ditadura acabou de prestar mais um excelente serviço ao futebol português (como já vem sendo habitual), ao ser derrotado por um clube grego por 5 bolas (lá dentro) a uma.
Este blogue oferece dois fantásticos prémios ao 1º que adivinhar o nome dessa famosa instituição:
- Um cromo do moçambicano mais famoso de Portugal segurando uma Taça desse clube na década de 60;
- Uma assinatura da RTP Memória com os jogos desse clube nas décadas de 50 e 60 (incluí discursos de Salazar em Lisboa).
Para participar basta enviar um e-mail para vergonhosos@serbenfiquista.slb
Nota importante: Caso descubram que o e-mail é falso, por favor contactem a D. Mizé Justiceira Morgado que certamente irá investigar o sucedido com o auxilio da sua super equipa especial de corrida composta pelo Sr. Monteiro das procuradorias da republica.
Obrigado pela sua participação!
"O Rio, a cidade e o clube"
O mesmo tipo de registo seria exigível ao Presidente da Câmara e a Rui Rio, relativamente ao FCP, embora não seja a mesma coisa, porque os cargos que ambos exercem pedem responsabilidades diferentes.
Relativamente ao Presidente da Autarquia, é esquisito que não lhe interesse o desporto – ainda que profissional – e os clubes que moram cá no burgo, nomeadamente o FCP que é uma marca que beneficia claramente a cidade. No seu programa, fala no apoio ao desporto amador. Deve ser, por isso, que a autarquia tanto se empenhou nas corridas de automóveis e aviões. Entre o desporto amador (que fica muito bem em qualquer programa) e o ego do nosso presidente, ganharam os motores e as acrobacias aéreas.
Nem oitenta como era com Fernando Gomes, nem abaixo de zero como faz Rui Rio. Um Presidente da Câmara tem todo o direito de não se querer misturar (nem parecer que o faz) em situações que sejam (ou pareçam) promíscuas. Com o FCP, Rui Rio não se distanciou: criou a ruptura. Houve exageros e alguma violência absolutamente reprovável por parte da claque, mas o pecado original foi cometido por Rui Rio e a sua entourage, que na sua grande maioria detesta o futebol ou o FCP. Pior, agiu como se o facto fosse uma mais valia política. Depois da vitória nas eleições, o que antes era um desejo - partir a espinha dorsal ao FCP -, passou a ser um projecto exequível. Se já tinha ganho as eleições contra tudo e todos, porque não aspirar chegar mais longe?
Como atrás referi, da sua agenda (pessoal e informal) constava quebrar a espinha ao FCP (e a PdC) e retirar-lhes todo o apoio que até aí tinham recebido da CMP. O PPA que viabilizou a construção do Dragão, era o instrumento que precisava para consolidar a personalidade de antes quebrar que torcer. Serviu, ao mesmo tempo, para funcionar como um instrumento fundamental para o seu projecto político. Com um cajado matou dois coelhos: o PS, despesista e promíscuo, o FCP uma espécie de tecto que encobria toda um seita de malfeitores.
Com a ajuda da Associação de Comerciantes do Porto tudo fez para bloquear o projecto do Dragão. Amorim que é um conhecido apoiante da causa do PSD, interveio e conseguiu um acordo.
Sinceramente, era interessante conhecer como tem sido monitorizado esse empréstimo e o que é que ganharam os Comerciantes, para além da exploração do cinema Batalha. Parece-me óbvio que o problema dos pequenos comerciantes é sistemático e não vai com as bolhas de dinheiro que Rio generosamente lhes "concedeu", via acordo com o Grupo Amorim.
Para que serviu tanto alarido? Obviamente, prejudicar o FCP e ficar bem na fotografia para a opinião publicada. Para além disso, servirá para memória futura, quando o partido for chamado a eleger um novo presidente, o que deverá acontecer a curto prazo. Aliás, esta é a fórmula ganhadora, que Scolari seguiu e que tem o nome de “Princípio de Rio”: hostiliza o FCP e tens o país aos pés.
Depois do acordo entre Rio, Amorim e os Comerciantes, o que ganhou a cidade? E que problemas viram os comerciantes resolvidos? A quem interessa isso agora? Fazer todo o mal de uma vez, relativamente ao FCP, foi a estratégia. Agora, o seu desprezo, mais silencioso e cuidadoso, é quase reconhecido como um benefício.
Firmou acordos com o Grupo Amorim e com a Soares da Costa. Satanizando o FCP, obviamente só podia criar anti-corpos junto do clube, dirigentes e adeptos. O tempo cura algumas chagas, mas as marcas ficam lá. Apesar disso, honra lhe seja feita, conseguiu fixar e aumentar o seu pecúlio eleitoral, o que é obra que merece reflexão, política e sociológica.
A ambiciosa intervenção do Plano de Pormenor das Antas visava o propósito de criar uma nova centralidade com funções variadas. Para aqui previram-se três mil fogos, dois hotéis, um estádio de futebol, um pavilhão multiusos, um centro comercial, equipamentos de saúde e de ensino, um parque urbano com dez hectares, estacionamento para três mil viaturas e um interface para o metro.
Parte do Plano de Pormenor das Antas está construído mas, o equipamento de saúde, o de ensino e o tal parque urbano ficaram pelo caminho, confirmando o imobilismo camarário instalado há anos na cidade.
A revitalização da baixa, os bairros camarários, as corridas de automóveis e aviões, o recente amor pelo fogo de artifício, são a obra que é elencada pelos seus seguidores como meritória. O Metro serve para demonstrar a sua sanha regionalista, e mostrar os dentes a Lisboa, sem morder.
A relação entre o FCP e Rui Rio já foi bem pior. Agora, simplesmente preferem silenciar o ódio de estimação que merecem um do outro. A Rui Rio já não interessa afrontar o clube porque já não retira dividendos disso – os ganhos conquistados estão consolidados, não é preciso bater mais no ceguinho – e o FCP porque sabe que a maldição de Rui Rio há-de passar e o FCP há-de continuar por muitos e bons anos como o clube de referência da cidade.
Devo confessar que sou de mais do FCP e de menos do PSD, apesar disso, desejo a melhor sorte para o Dr. Rui Rio. Estou ansioso por vê-lo no Parlamento, ou noutro qualquer lugar, bem longe da Câmara e da nossa cidade. O país espera-o!
(Por Mário Faria no blogue Reflexão Portista em 21-11-2008)
triporto: Histórias de um enclave chamado lisboa
«Cavaco Silva terá recebido quase 100 mil euros de homens ligados ao BPN. A lei proíbe donativos de pessoas colectivas».
Não há nada de mal em tentar evitar que se saiba que a campanha do PR foi financiada por administradores suspeitos de crime ou convidar para o Conselho de Estado um desses administradores. Mas se Cavaco teme, é porque deve. A imagem de Cavaco impoluto penso que acabou.
A conclusão é clara: Os políticos lisboetas fazem tudo, mesmo moralidade cinzenta, para manterem um nível de vida, ambições, para as quais não tem possibilidades. Não merecem a minha confiança. E cada dia que o Norte confie nestes senhores, será um dia perdido.
Volterei mais logo ao tema.
(Por Jose Silva no blogue Norteamos a 26-11-2008)
Ah, Cavaco então também era accionista da SLN.
Portanto, Cavaco :
- Foi accionista da SLN;
- Era cliente do BPN em 2005 e deixou de ser entretanto;
- Meteu o Dias Loureiro como conselheiro de Estado;
- Será que teve um depositosito a prazo, daqueles mais competitivos que o BPN oferecia, para ajudar a financiar a campanha presidencial de 2006 ? É que Cavaco gastou nela o equivalente a 26000 € de salário líquido mensal durante 10 anos. Faria muito jeito...
Questões:
- PGR, JPPereira, MJMorgado, Saldanha Sanches, não se insurgem, não abrem processos ou equipas especiais ?
- Porque Dias Loureiro teceu elevados elogios a Sócrates há tempos atras ?
- Porque hesitou o PS em ouvir Dias Loureiro no Parlamento ?
- Terá a haver com o SIRESP, onde o Estado gastou 485 milhões em negócio que valia um quinto ?
Conclusões:
- Ainda bem que não voto em parentes da «Máfia».
- Mais uma lição para o Norte: Nunca confiar em políticos do Sistema de Lisboa.
- Este Regime fede !
(Por Jose Silva no blogue Norteamos a 23-11-2008)
"Brincar às corridas na Baixa de Lisboa"
Como passam a vida a perguntar-me quais são as diferenças entre o Porto e Lisboa e num prazo razoável de quinze dias reuni duas oportunidades de relevo para dar como exemplo, aproveito esta crónica do líder JN para as comunicar à população em geral.
A primeira diferença inclui-se na categoria das coisas que o Porto tem e Lisboa não tem, mas tenta ter a toda a força, nem que a imitação seja barata (mas muito cara...) e a réplica acabe por roçar o ridículo.
Depois da falência estrepitosa da Fórmula Um e do autódromo do Estoril, daquela empresa que ainda hoje está a contas com o Estado e das exéquias daquele Rali de Portugal, que enchia as matas de Sintra com vândalos, incendiários em potência e bêbados com tendências suicidas, que se atravessavam à frente dos faróis de cada bólide que se aproximava, tudo o que em Portugal se faz com competência e dimensão no mundo motorizado passou para o Porto.
Circuito da Boavista e Red Bull Air Race dão "baile", na terra e no ar, a qualquer iniciativa do género com que Lisboa sonhe. No passado fim-de- -semana, a capital tentou ir a jogo com um evento promocional da Renault, que a habitual mania das grandezas, tão típica da mentalidade centralista, tentou transformar numa corrida de Fórmula Um, perante a desilusão generalizada da maioria dos que lá se deslocaram.
Exceptuando alguns carros, qualquer comparação entre a Fórmula Um e esta parolada que cortou o trânsito no centro de Lisboa, durante dois dias, é como comparar o magnífico Pestana Palace de Alcântara, com os hotéis Fórmula 1, onde um rapaz forte como eu, quase nem consegue fechar a porta, depois de entrar para o quarto.
No que toca a eventos, há muito que aprendi uma regra de ouro: não há nada pior que organizar um evento tipo quero, mas não posso. Esta fantochada do Marquês do Pombal nem chegou a ser pretensiosa: foi mais de quem quis, mas não pôde.
Agora isto é no reino do "fait-divers". No mundo do faz de conta. No que realmente conta, as diferenças são do outro mundo. Basta comparar o que aconteceu neste cenário de crise global e as consequências que se vão dela estimando para a nossa economia pública.
Enquanto as grandes obras do regime previstas para a Área Metropolitana de Lisboa (AML), ou que se prevê poderem servir as necessidades dos lisboetas, são tão prioritárias que nenhuma crise as obriga a recuar, o metro do Porto que foi nacionalizado, não para ser nosso (como se dizia dos bancos a seguir ao 25 de Abril de 74) mas para voltar a ser deles, tem as suas obras de ampliação adiadas quase para o "dia de são nunca à tarde".
Aquilo que é urgente para a capital, no Porto pode esperar até 2022. Na melhor das hipóteses.
(Por Manuel Serrão no Jornal de Notícias em 29-10-2008)
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
"O poder está na ponta da espingarda"
Mao foi um ditador sanguinário e um refinado estupor, mas agrada-me a simplicidade pragmática dos seus pensamentos, que mergulha as raízes na escola da desarmante sabedoria chinesa fundada por Confúncio.
Uma frase de Mao – “O poder está na ponta da espingarda” - , veio-me à cabeça esta semana à medida que subia a minha indignação com os resultados de uma pesquisa estatística motivada pela divulgação da notícia de que o Norte foi a segunda região europeia onde se registaram mais despedimentos colectivos no período 2002-07.
O Norte está triste e infeliz e tem todas as razões para isso. É a segunda região do país (a seguir a Lisboa) que mais riqueza gera, mas quando chega a hora de a distribuir surge no último lugar, com um rendimento per capita de apenas 80% da média nacional e 57% da média comunitária.
Não me parece saudável um país em que os salários pagos na capital são 50% superiores ao resto do país - e que o poder de compra em Lisboa (135,5 em permilagem do total nacional) seja o triplo do do Porto (44,01).
Como portuense, fico revoltado ao constatar que, no período 1992-2006, de todos os 308 concelhos do país, o Porto foi o que mais poder de compra perdeu (-2,5%) e que no pódio estejam os três concelhos do eixo Lisboa-Cascais, com Oeiras à cabeça (4,5%).
E a mostarda sobe-me que nariz quando vejo que Lisboa absorve 42,5% do total de crédito concedido pelos bancos. Se juntarmos o Funchal a Lisboa, que ficam com 53,9% do dinheiro emprestado pela banca. O Porto contenta-se com um terceiro lugar (11,9%).
Nós, os três milhões nortenhos, não podemos ficar parados. Enquanto os carteiristas de Lisboa nos metem a mão no bolso, o desemprego não pára de crescer (em 2007, o Norte ultrapassou pela primeira vez o Alentejo e tornou-se a região com maior taxa de desemprego) e a riqueza não pára de de diminuir (no início dos anos 90, o IRS per capita no Porto era metade do de Lisboa; dez anos depois era apenas 25%).
O grave é que o Governo continua a adiar a Regionalização e apenas contribui para alargar este fosso, como o prova o facto de em 2009, o Norte ir receber segundo valor mais baixo (226 euros per capita), contra 382 euros da média nacional) do plano de investimentos da administração pública (Piddac).
É tempo de dar um murro na mesa e declarar guerra ao centralismo ladrão. De aprendermos com Mao que o poder está na ponta da espingarda – ninguém dá nada a ninguém, se o puder evitar. De aprendermos com João Jardim, que, usando os cotovelos, fez da Madeira a segunda região mais rica do país, com um rendimento 25% superior à média nacional.
Para começar, a AEP devia reconverter a campanha Compre Português por uma campanha Compre Nortenho. E como o Governo é surdo a vozes que não venham da rua e se exprimam na primeira metade dos telejornais, ganhávamos em boicotar a visita ao Norte de governantes, enquanto não for dado um sinal claro de que o roubo vai acabar. Eu estou pronto a atirar o primeiro ovo podre.
(Por Jorge Fiel no blogue "A Bússola" em 23-11-2008)
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
triporto: O Presidente parolo
Dois meses e qualquer coisa depois de ter actualizado este meu espaço, aqui estou eu de novo.
Neste longo tempo de paragem não me recordo de algo que me tivesse chocado ou que me tivesse surpreendido em particular...talvez as derrotas consecutivas do meu clube me tenham deixado um pouco abalado mas nada que já não previsse...adiante...
No regresso à leitura das minhas fontes pesquisei notícias e comentários feitos nas duas ultimas semanas, e após uma leitura assim por alto decidi eleger um tema que é muito caro a muitos cidadãos da minha cidade: Rui Rio.
O "Presidente parolo" como foi apelidado (e muito bem) por Guilherme Pinto, Presidente da C.M. Matosinhos, continua a sua "cruzada" para ganhar o campeonato regional (aqui já existe regionalização olé), do mais sem graça, do mais detestado e mal-disposto político do Grande Porto.Estou em crer que vencerá destacadissimo...
Já não bastava ter-se incompatibilizado nestes últimos 7 anos com meia cidade (a outra meia nem se dá conta que ele existe), já não bastava estar constantemente de costas voltadas para o vizinho da outra margem, abortando projectos conjuntos que iriam dinamizar a faixa ribeirinha (red bulls e fogos de artificio à parte), não satisfeito com isso, agora também lembrou-se de usar a sua prepotência e arrogância com Matosinhos em projectos que envolvem as duas cidades.
Basta! Por mais atributos que ele possa ter (enviem-me um email se descobrirem), basta de tanta tristeza, tanto disparate e principalmente, basta de criar em redor do Porto uma bolha de isolamento com o resto da área metropolitana pois só um individuo com as vistas muito curtas é que não consegue perceber as vantagens para o seu município e em concreto para os seus munícipes, da interacção e coordenação conjunta com os concelhos que nos fazem fronteira e dos quais dependemos muitas vezes para tomar decisões importantes a nível metropolitano.
Por tudo isto e muito mais coisas que se foram sucedendo desde que este senhor aterrou na Câmara Municipal, qual D. Quixote de la Invicta, espero que os portuenses, tripeiros abram os olhos desta vez e não permitam a sua recandidatura e principalmente uma maioria absoluta. Se não gostarem das alternativas votem em branco!
Rui Rio rejeita debate sobre a Circunvalação
Rio lança dúvidas sobre linha do Campo Alegre
Guilherme Pinto acusa Rio de atrasar metro oito meses
Guilherme Pinto diz que Rio foi desleal e pede reunião a ministro
Richard Zimler: "O Porto está a morrer"
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Associação de cidadãos -actualização
Dou os meus sinceros parabéns a todos aqueles que estiveram presentes, a todos aqueles que não puderam estar presentes mas apoiam este tipo de iniciativas (eu incluido), e em particular ao mentor da iniciativa, Alexandre Ferreira.
Fiquei também feliz ao ver referências na notícia a dois blogues, A Baixa do Porto e Renovar o Porto, que desde a 1ª hora fizeram parte do triporto (ex - "centralismo da capital do Império") e que foram fonte de inspiração (assim como outros) para a criação do mesmo bem como fonte actualizada de notícias que se englobam no âmbito deste blogue. Por isso os meus parabéns a todos e como diz o outro "Porreiro pá!!!"
Cidadãos querem criar associação cívica metropolitana ou, no mínimo, uma federação de bloggers do Porto
Não chegaram a aprofundar as questões que os preocupam nem sequer chegaram a um consenso sobre o tipo de entidade que pretendem constituir. A primeira reunião da denominada Associação de Cidadãos do Porto reuniu cerca de duas dezenas de pessoas, anteontem à noite, no Clube Literário do Porto.
O encontro foi convocado por um jovem arquitecto do Porto, Alexandre Ferreira, através de um post que colocou no blogue A Baixa do Porto (http://www.porto.taf.net/). " Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada", escreveu o mentor do projecto a 13 de Agosto em A Baixa do Porto.
No final do encontro, em que se afloraram temas como a regionalização ou a gestão do aeroporto Sá Carneiro, Alexandre Ferreira dizia-se satisfeito, apesar do número reduzido de cidadãos que se mobilizou. "Acho que isto tem pernas para andar, provavelmente como grupo de debate, no início, mas, depois, já como uma associação, movimento ou algo parecido", disse ao PÚBLICO. "O imobilismo e a passividade têm de acabar", afirmou Alexandre Ferreira, referindo-se ao descontentamento de muitos portuenses que diz sentirem-se prejudicados pelo poder central. "O nosso objectivo é defender a cidade", enfatizou.
"Nós estamos a viver pior, para que o núcleo central, em Lisboa, viva melhor", lamentou Rui Farinas, colaborador do blogue Renovar o Porto que se mostrou disponível para ajudar "naquilo que for possível".
Rui Moreira desejado
Para Alexandre Ferreira, a reunião foi apenas um primeiro passo. Agora, o objectivo é reunir mais apoios: "Queremos alargar a base, com muita gente, transversal a idades e estratos sociais", assumiu. Alguns dos presentes advertiram que, para ter sucesso, o movimento precisará do apoio de personalidades com peso mediático.
Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, foi o nome mais citado. Falou-se da necessidade de uma gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro - com uma base da Ryanair -, de regionalizar o país, de salvar o Boavista... Mas não se chegou a posições definitivas. Combinou-se nova reunião, em data e local a definir.
"Tenho expectativas de que possamos ser um embrião capaz de defender a região e criar pressão junto dos órgãos dirigentes", resumiu Alexandre Ferreira.Quase todos os presentes eram bloggers e, a certa altura, surgiu a ideia de dar o nome Federação de Blogues Portuenses ao grupo. A designação não reuniu consenso e a questão ficou para futuros encontros. "Pode ser uma associação, um movimento, isso discutimos depois", afirmou Alexandre Ferreira.
O projecto é regionalista e propõe-se defender os interesses da Área Metropolitana do Porto.
Fonte: Público.pt
triporto: toca a andar que já se faz tarde!
Um dos objectivos do plano consiste, precisamente, em ligar a zona baixa e a zona alta da cidade através de dois elevadores, um entre os Jardins do Palácio de Cristal e Massarelos e o outro entre a zona da Cordoaria/Passeio das Virtudes e Miragaia.
O plano, que foi atribuído ao arquitecto portuense Pedro Balonas, vencedor do concurso público internacional lançado para o efeito, prevê também duas pontes, uma pedonal entre a zona da Alfândega e o extremo oeste do Cais de Gaia, e a outra que sairá para Gaia frente à Rua de D. Pedro V.
Ambas têm como função principal aliviar os centros históricos de Porto e Gaia da pressão do tráfego automóvel de atravessamento do Douro.
"Estas novas pontes serão à cota baixa, mas terão que possibilitar o trânsito dos navios de grande porte que agora circulam no rio, pelo que serão alinhadas, em termos de altura, com o tabuleiro inferior da ponte de D. Luís", disse.
Estes equipamentos, em conjunto com a reconversão do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís de forma a dar mais comodidade aos peões, permitirão criar aquilo que Pedro Balonas designa como "loop turístico", ou seja, um amplo circuito pedonal, provido de uma grande frente comercial, que os turistas poderão percorrer, ligando as duas margens do Douro.
"Desta forma, os turistas darão uma volta completa às ribeiras de Porto e Gaia a pé, de cerca de quatro quilómetros, com os correspondentes benefícios para o comércio local", afirmou.
A criação de dois cais acostáveis, um na marina a construir junto aos Guindais para embarcações maiores (os barcos-hotel), e o outro junto à Alfândega (para os barcos rabelos turísticos) são outras peças importantes do plano.
O aproveitamento das encostas do Douro, presentemente desertas, é outra vertente do plano, estando prevista a construção de um estabelecimento hoteleiro na encosta das Fontainhas.
Não será uma grande construção, mas sim o que o arquitecto qualificou como "um hotel difuso, distribuído por vários pequenos edifícios com gestão comum, um conceito muito em voga, muito mais compatível com os centros históricos".
"Há que limitar a construção de novos volumes, o que é preciso é saber aproveitar aquilo que temos", afirmou.
A zona entre as pontes do Infante e do Freixo será dedicada à habitação, com construção de baixa densidade e ainda uma série de equipamentos, nomeadamente piscinas fluviais com bares e cafés.
Outro equipamento que o arquitecto pretende incluir no plano é a inserção, em parte do antigo edifício da Alfândega do Porto (que manterá todas as suas actuais valências), de um hotel de seis estrelas ligado à área de congressos.
Pedro Balonas sublinhou que "existe também a necessidade de manter o parque de automóveis da Alfândega, porque escasseiam locais de estacionamento em toda a zona".
"Houve já um projecto de escavar aquela zona, mas sabe-se que há ali ruínas históricas em que não convém mexer, pelo que penso que o mais adequado será manter o parque tal como está e, aproveitando o desnível existente, construir uma laje por cima, ao nível da rua para que consigamos ter no centro histórico um jardim de grande dimensão", disse.
O arquitecto prevê ainda a criação, num dos grandes edifícios desocupados da zona, de um "souk" (zona comercial sofisticada das cidades árabes) das artes, para atrair pequenas indústrias criativas, designers e comércio especializado.
Pedro Balonas considera "fundamental" esta vertente do projecto porque - sustenta - "nas ribeiras do Porto e Gaia há poucas coisas para os turistas comprarem, além do galo de Barcelos e da garrafa de vinho do Porto".
"O Porto e Gaia têm muito pouco para oferecer aos turistas em termos de souvenirs, não há sequer miniaturas de qualquer das pontes, ou da serra do Pilar. Será a partir destas pequenas indústrias e dos seus designers que poderão surgir desde as `T shirts` às miniaturas de todos os tipos e para todos os gostos que levem os turistas a gastar aqui mais dinheiro", afirmou.
"Perdemos dezenas de milhar de euros por não ter este tipo de artigos de merchandising para vender aos turistas, que poderiam até ser objecto de concursos de design,", defendeu o arquitecto.
Fonte: RTP online, em 13-09-2008
triporto: Ser benfiquista - parte II
As palavras que vão ler a seguir podem levar a vários sentimentos que vão desde o riso, passando pela incredulidade e terminando na revolta...para os adeptos do clube do milhafre o sentimento pode ser mais uma vez o de vergonha por ter representantes desta "qualidade"...:
"O que o Benfica veio dizer é que se trata de um lance normal no futebol moderno, em que Luisão tentou ganhar melhor espaço para disputar a bola. Não há nenhum dolo naquele lance"
O autor destas declarações é o responsável de comunicação do benfica, João Gabriel, referindo-se ao lance da violenta cotovelada de luisão sobre o jogador portista, Sapunaru, com o jogo parado para a marcação de um canto.
E por aqui me fico com as "bacoradas" dos adeptos/representantes deste clube pois se enveredo por este caminho de relatar todo o disparate que sai dali arrisco-me a ter quer criar outro blogue com actualizações diárias...Vamos mas é tratar de assuntos mais sérios pois desta gente já se viu que ou entra mosca ou sai merda pela boca fora...
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
triporto: Ser benfiquista...
Ou seja, para este iluminado vermelho o jovem jogador, que certamente não é benfiquista desde pequenino, deveria ter mentido e dito que o extremo portista cometeu uma agressão bárbara sobre o avançado benfiquista.
Para esta figurinha o importante não é a verdade desportiva ou a sinceridade das pessoas (dentro e fora do campo) mas sim o facto de não se comprometer a "estratégia encarnada"...
É por isso que todos os dias me sinto orgulhoso de SER PORTISTA e não um benfiquista qualquer ...aliás, até acho que deviam mudar o refrão hino para qualquer coisa como...
Ser Benfiquista
É ter na alma a hipocrisia e pouca vergonha na cara...
...Blá...blá...blá...
Associação de Cidadãos - Reunião de 12 de Setembro
domingo, 7 de setembro de 2008
triporto: A importância de se chamar ANA e não carolina...
Relembro as acusações de ANA Salgado:
sábado, 6 de setembro de 2008
triporto: A luta contra a mafia centralista continua!
Defesa de Pinto da Costa entregou no Tribunal opinião contrária à que legitimoucastigos do Conselho de Justiça
A defesa de Pinto da Costa entregou no Tribunal Administrativo um parecer que contraria o documento que serviu de âncora à Federação para validar as decisões da reunião de 4 de Julho do Conselho de Justiça.
Em 2002, Mário Aroso de Almeida assinou, em parceria com Freitas do Amaral, o livro "Grandes Linhas da Reforma do Contencioso Administrativo". Percorridas as 30 páginas do parecer sobre os acontecimentos da polémica reunião do CJ, que ratificou a despromoção do Boavista e a aplicação de suspensão de dois anos a Pinto da Costa, não restam dúvidas de que este professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica não subscreve a mais recente publicação do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros - "A Crise no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol".
"Ora, em nossa opinião, a partir das 17.55 horas, o CJ deixou de estar reunido, pois que o respectivo presidente, no regular exercício dos seus poderes, encerrou a reunião". Esta é uma das mais importantes conclusões do parecer elaborado por Aroso de Almeida. O documento, com data de 31 de Julho, foi solicitado pela defesa do presidente portista e anexado ao procedimento administrativo especial que Pinto da Costa interpôs no Tribunal Administrativo de Lisboa.
Ao contrário de Freitas do Amaral, Aroso de Almeida, reputado especialista em Direito Administrativo, entende que estavam criadas condições para, ao abrigo do artigo 14.º, nº. 3 do Código do Processo Administrativo, Gonçalves Pereira encerrar os trabalhos, classificando a decisão como "inteiramente coerente", na sequência de "um movimento de rebelião em relação ao presidente".
A reunião do CJ, recorde-se, aqueceu quando Gonçalves Pereira declarou o conselheiro João Carrajola de Abreu impedido de votar nos recursos interpostos pelo Boavista e por Pinto da Costa. Na análise a esta acção do então líder do CJ, Aroso de Almeida considera não existir exorbitação, embora admita que a decisão "parece enfermar de um vício de falta de pressupostos". Este é, aliás, o único reparo que o parecer aponta ao procedimento de Gonçalves Pereira. De qualquer forma, acrescenta que a decisão em causa "só era passível de impugnação junto dos tribunais administrativos".
O processo disciplinar instaurado pelos conselheiros ao presidente do CJ também é considerado irregular, desde logo porque "tal matéria não constava, na verdade, da ordem de trabalhos da reunião".
Não restam dúvidas de que, segundo Mário Aroso de Almeida, a reunião em que foram votados os recursos de Pinto da Costa e do Boavista não tem qualquer validade e leva com carimbo de "inexistente": "... os membros do CJ deveriam ter feito na sequência da referida reunião era promover a convocação de uma nova reunião extraordinária (...), em ordem a tentar obter aprovação das deliberações, que, apressadamente, pretenderam adoptar, ainda no próprio dia 4 de Julho de 2008".
Para além de reprovar a acção dos membros do CJ que deram andamento à reunião, em contraste com a aprovação de Freitas do Amaral, Aroso de Almeida, que também é consultor do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça, esclarece que o "vício de desvio de poder", atribuído a Gonçalves Pereira pelos conselheiros que continuaram a reunião, "carece de prova". Desta forma, o parecer desmonta toda a argumentação dos conselheiros, tornando-se mais uma arma importante na defesa de Pinto da Costa junto do Tribunal Administrativo.
(No Jornal de Notícias em 6-09-2008)
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Associação de Cidadãos - Actualização
Gostaria de salientar o acolhimento positivo e surpreendente que tem tido esta iniciativa, ultrapassando inclusive as fronteiras nacionais.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira
(Por Alexandre Ferreira no blogue A Baixa do Porto em 28-08-2008)
triporto: Este anúncio vem a propósito disto:
Reunião
Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada. Iniciativas como esta necessitam de encontros de carácter informal, onde os interessados se conhecerão e se ajustarão ideias, objectivos e projectos.
Para tal proponho primeiro encontro para o dia 12 de Setembro, às 20h, em local a determinar. Para ter noção da receptividade e comunicação de novidades desta iniciativa, proponho que se use este blog como plataforma. Para questões organizativas, por favor escrever a porto.agora@gmail.com. A participação de todos em todas as fases do processo é bem vinda. Chegou a hora de dar o primeiro passo.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira
(Por Alexandre Ferreira no blogue A Baixa do Porto em 13-08-2008)
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
A Importância de se chamar Brunheda
Ainda está por apurar se a causa do acidente advém de uma explosão na linha ou na carruagem que faz o serviço normal da linha do Tua. Num caso ou no outro dá que pensar.
Principalmente quando o País, a braços com uma crise internacional de contornos imprecisos, discute tranquilamente a arrojada aposta no TGV, em particular como forma de resolver a ligação Lisboa/Madrid (??), quando os próprios espanhóis parecem já ter desistido de o fazer.
Como é possível que um dos desígnios principais do País seja o de ter uma linha de alta velocidade (já obsoleta na Europa avançada) para a ligação de Lisboa a Madrid. Com que propósito? Para melhorar o quê? Para servir quem?
Por muito menos, seria possível melhorar a linha ferroviária existente, e transformá-la num elemento potenciador do turismo biológico e de natureza. Em vez disso a Refer faz concursos para o aproveitamento das magnificas estações de caminho de ferro da linha do Douro e do Tua.
Sem prejuízo da segurança das pessoas, não parece disparatado apostar em tecnologias limpas e tão interessantes, como instrumentos de atracção e descoberta do Douro Património Mundial da Humanidade.
Só não percebe isto quem nunca se deixou extasiar por um passeio na mágica linha do Tua que agora, por tempo indefinido, estamos impedidos de fazer.
Enquanto isso o País discute, com parolo deslumbramento, o mega investimento do TGV.
Talvez porque liga Lisboa a Madrid e não o Douro ao resto do Mundo.
Talvez pela (falta de) importância de o local do acidente se chamar Brunheda...
(Por António de Souza-Cardoso no blogue Bússola em 24-08-2008)
triporto: A mafia vermelha começa a actuar...
triporto: Musica no Palácio à borla
PROGRAMA
Palco Principal
SEXTA, 29 AGOSTO
MICRO AUDIO WAVES www.microaudiowaves.com
TIAGO BETTENCOURT & MANTHA www.myspace.com/tiagobettencourt
SAM THE KID www.myspace.com/samthekid
SÁBADO, 30 AGOSTO
RITA REDSHOES www.myspace.com/ritaredshoes
LINDA MARTINI www.myspace.com/lindamartini
BURAKA SOM SISTEMA www.myspace.com/burakasomsistema
Palco Ritual
SEXTA, 29 AGOSTO
SNAIL www.myspace.com/snailpt
A JIGSAW www.myspace.com/ajigsaw
SIZO http://www.myspace.com/sizo
SÁBADO, 30 AGOSTO
CASINO ROYAL http://www.myspace.com/sizo
PORTE www.myspace.com/bigporte
HUMAN CHALICE www.myspace.com/humanchalice
Actividades paralelas
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA de Sérgio NetoA CÔR DO SOM PORTUGUÊSLocal: Foyer da Biblioteca Almeida GarrettHorário: das 15h00 às 21h00
TEATRO DE MARIONETAS por Rui SousaLocal: Avenida das TíliasHorário: às 16h00 e às 18h00
JUMPERS - "Com uns Jumpers nos pés é possível dar saltos de 2 metros de altura, correr com passadas de 3 e fazer manobras de 4... É um novo conceito de locomoção, um excelente exercício físico, um desporto revolucionário, uma nova forma de andar, a saltar. Antes que alguém salte por cima de ti, vem experimentar no workshop durante as Noites Ritual."
JAZZ AO JANTAR - Local: Avenida das Tílias - Praça da AlimentaçãoHorário: das 19h30 às 21h00 Sexta, 29 de Agosto - Eurico Costa TrioSábado, 30 de Agosto - Demian Cabaud Quarteto
EXTENSÃO AVANCA 08 Local: Auditório da Biblioteca Almeida GarrettHorário: das 15h00 às 21h00
As Noites Ritual em parceria com o "AVANCA - Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia" promovem uma mostra seleccionada de curtas-metragens de ficção, animação e experimentais, documentários e obras multimédia.
FEIRA ALTERNATIVA Local: Avenida das TíliasHorário: das 15h00 às 02h00Venda de CD's, DVD's, artesanato, merchandising, acessórios de moda, bijutaria, vestuário, etc.
Fonte: www.cm-porto.pt
sábado, 23 de agosto de 2008
triporto: curiosidades do centralismo
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
A testemunha-chave de novo na ribalta
terça-feira, 19 de agosto de 2008
triporto: Publicidade a causas nobres
Visto o estado de ruptura com o poder central, os exemplos diários de desprezo para com a cidade do Porto e a Região Norte, o servilismo e oportunismo das distritais dos partidos, proponho o primeiro passo para a constituição de uma associação de cidadãos, organizada, que tenha como propósito a defesa dos interesses colectivos da nossa área metropolitana, a discussão e apresentação de propostas e de acção concertada. Iniciativas como esta necessitam de encontros de carácter informal, onde os interessados se conhecerão e se ajustarão ideias, objectivos e projectos.
Para tal proponho primeiro encontro para o dia 12 de Setembro, às 20h, em local a determinar. Para ter noção da receptividade e comunicação de novidades desta iniciativa, proponho que se use este blog como plataforma. Para questões organizativas, por favor escrever a porto.agora@gmail.com. A participação de todos em todas as fases do processo é bem vinda. Chegou a hora de dar o primeiro passo.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira
(Por Alexandre Ferreira no blogue A Baixa do Porto em 13-08-2008)
triporto: A caminho do tetra
E naturalmente também já nós todos sabemos que na próxima época outro treinador terá o privilegio de orientar o FC Porto, pois isso é uma estratégia habitual e quanto a mim acertada do meu Presidente pois a ambição de continuar a ser o principal clube deste país assim o exige...
Concluindo, com dois golos fomos derrotados, com duas certezas eu fiquei após o jogo...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Porto sem valores
São apenas empresas, dir-me-ão. O mercado liquida umas e logo outras ocuparão o seu espaço, garantem-me amigos ainda mais liberais do que eu. Não estou de acordo – estas quatro instituições são emblemas do nosso imaginário, são referências de uma região. Cada uma, à sua maneira, ajudou a fazer-nos como somos, a perceber o Mundo da forma universalmente ‘portocêntrica’ que ainda é timbre de muito boa gente. Quando os símbolos morrem, todos os que neles estamos revelados, murchamos um pouco também.
Mas o que mais me dói é a apatia em que tudo isto se deu. A indiferença veio, sobretudo, de cima, daqueles que adoram fazer uma interpretação limitada da sua missão estratégica nesta região e que ficaram bem mais pequeninos ao ignorarem dimensões básicas do nosso colectivo.
Mas a população da região do Porto manteve-se em estado de inércia, igualmente, perante a ruína destas quatro instituições. O Porto não costumava ser assim. Mas a perda das referências dá sempre nisto – o Porto esquece a diferença que sempre o fez e torna-se igual à mesmice do resto do País.
(Por Carlos Abreu Amorim na Grande Porto TV - secção de "opinião" em 4-08-2008)
Povo? Ou o que resta dele?
Não exijamos mais ao Povo. Depositemos esperança no que resta dele.
Também já me fartei das expressões "lá para o Norte", "os Nortenhos", "o bom Povo do Norte" (lembram-se?) e outras que apenas reflectem desprezo, ignomínia, secundarização. Estou farto de ser nortenho. Já é tempo de ser NORTISTA. E no futuro um "YANKEE" à moda do Norte.
(*) Centralismo
Cumprimentos.
Guilherme Olaio
triporto: isto é um excerto de uma troca de argumentos bastante interessante que se desenrola actualmente no blogue A Baixa do Porto .
triporto: Cultura para alguns mas à custa de todos!
Sim...nove museus que são pagos por todos os portugueses, convém frisar...
Não está em questão o acesso à cultura mas apenas e mais uma vez o facto deste tipo de iniciativas (ou borlas) terem sempre o mesmo epicentro...
Mas o importante é manter a capital do Império feliz e entretida...tudo para turista ver...A crise que se lixe...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
triporto: A mafia da capital do Império volta ao ataque
O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Rui Moreira, acusa a ANA e o Ministério das Obras Públicas de impedirem “a gestão autónoma do Aeroporto do Porto” por não aceitarem proposta da Sonae e não abrirem concurso público para a gestão do aeroporto.
Rui Moreira comentou desta forma notícia divulgada pelo "Jornal de Negócios", segundo a qual o "Governo começa a fechar [a] porta à entrega do Sá Carneiro à Sonae". De acordo com o mesmo jornal, a proposta está a ser analisada pelo ministro Mário Lino, mas deverá ser recusada por pagar pouco pela infra-estrutura, não prever qualquer pagamento à cabeça e não cobrir os investimentos já realizados na expansão do Sá Carneiro.
A Sonae e Soares da Costa estão dispostas a pagar 800 milhões de euros (a preços correntes) pelo aeroporto, durante 25 a 30 anos, e a contribuir com 200 milhões de euros para um fundo de promoção da região Norte como destino, segundo noticiou o mesmo jornal a semana passada.
A ACP defende que seja aberto “um concurso público que permita que quer a Sonae, quer outros interessados, possam concorrer [à gestão do aeroporto] ".
Na opinião do presidente da ACP está a ser desenvolvida "uma campanha miserável que tem sido montada a conta gotas" com o objectivo de impedir a gestão autónoma do Sá Carneiro.
(No Público em 5-08-2008)
triporto: Optei também por colocar aqui alguns comentários sobre esta notícia retirados do mesmo local:
05.08.2008 - 17h07 - helder, suiça
Vejam a Madeira com o seu Governo Regional que consegue para os Madeirenses voos low-cost para Lisboa e para a Europa.Vejam se a Madeira nao tem a gestao dos aeroportos Regionais atraves da ANAmadeira.No continente somos roubados por Lisboa que nos aumenta continuamente os impostos para depois investirem o nosso dinheiro na cidade de Lisboa.Quando teremos Governos Regionais eleitos e que reinvistam o dinheiro dos impostos recolhidos na Regiao na nossa Regiao.
05.08.2008 - 16h12 - Anónimo, País
Deve haver um concurso público para privatização do Aeroporto do Porto. Aquele que tem a maior area de influência em Portugal, abrange uma População de 6 milhões de habitantes, dai a Ryanair em apenas dois anos ter aberto 12 rotas para cidades europeias a partir do Porto. Antes da liberalização dos espaço aereo Europeu era a ditadura da TAP e a romaria constante a Lisboa para qualquer lado que se fosse, ridiculo no mínimo. Como o presidente da Ryanair disse no Porto - "O governo Português não tem interesse em desenvolver o Norte de Portugal", tiros no próprio pé. Mario Lino não serve como ministro do estado Português, ele deve ser ministro de estado e não ministro de Lisboa e Vale do Tejo, respeite os Portugueses. Auilo é muito mau e nau dá lucro nenhum, mas a ANA não mostra os números e tambem quer aquilo a toda a força, mas que grande contradição.
05.08.2008 - 15h34 - Nuno, Guimarães, Portugal
A população servida pelo Sá Carneiro constitui a maioria da população portuguesa comparativamente com outros equipamentos e a sua taxa média de desemprego anda á volta dos 10%, quase o dobro de lisboa. Quantos anos irão passar até que se reconheça que um Norte em crise implica um Portugal em crise?
05.08.2008 - 15h02 - José Silva, Coimbra
Quem mora do distrito de Coimbra para Norte sente na pele o que se passa neste ponto. Pergunto, se 55% da população de Portugal Continental mora mais perto do Aeroporto Sá Carneiro do que de qualquer outro, em qual se deveria apostar, num estado equalitário e sem governos centralistas prepotentes? Ao invés, faz-se um novo Aeroporto de Lisboa com características megalómanas, há concentração unilateral, e ainda mais um Aeroporto de apoio em Beja. Aliás, 45% da população fica servida por três Aeroportos, enquanto os restantes 55% têm um! Já viram a composição dos vôos e destinos exclusivos a partir de Lisboa? Há casos até em que para um portuense ou bracarense viajar para o Norte da Europa tem de ir fazer escala a Lisboa! Cúmulo do absurdo!!! Em vez de dividirem os vôos dia sim dia não entre Porto e Lisboa (ou 4/Lisboa e 3/Porto, o que fosse), Lisboa tem monopólio total!!! E depois dizem que o Aeroporto de Lisboa está saturado! Pudera, 11 em cada 20 portugueses têm de usá-lo preferentemente quando podia usar o que está mais perto de si!!! Até a TACV conseguiu ver o que a TAP não queria, e criaram uma rota do Porto para Cabo Verde, com muito lucro! Para os Governos, só Lisboa é Portuga
Aerotorto
Com parecer arrasador ou sem ele, a decisão é política e já estaria tomada. Talvez o "consórcio do Norte" devesse mudar para o vórtice lisboeta, se quer gerir o aeroporto. Assim, a pretensão da SONAE levará o mesmo descaminho que tiveram outras da sua autoria, como o canal de TV (entregue por Cavaco à Igreja Católica, que não o soube gerir e o vendeu a um grupo… colombiano, lembram-se?) ou a mais recente OPA sobre a PT, abortada por decisão política do Governo de Sócrates.
É o grande sugadouro lisboeta, implacável, a enriquecer à custa dos recursos do Estado que, supostamente, seríamos todos nós.
(Por Carlos Ruben no blogue A Baixa do Porto em 5-08-2008)